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Futebol e política, uma relação de amor e poder


  • Opinião NF
  • 13 de Junho de 2024 | 10h12
 Foto: Lucas Arantes/NF Notícias
Foto: Lucas Arantes/NF Notícias

Não é de hoje que futebol e política se misturam. Desde a popularização do esporte, na década de 1930, governos nacionalistas e fascistas logo perceberam o grande potencial de exploração que o futebol oferecia. Assim, seleções nacionais e alguns times foram usados como vitrine ou distração por diversos governos.

No país do futebol, a política sempre usou o esporte em período eleitoral, e em Campos não é diferente.

O assunto mais comentado nos últimos dias entre grupos políticos é sobre o leilão do Estádio Ary de Oliveira e Souza, casa do Alvianil Campista.

Após duas tentativas de leilão e sem nenhum comprador, os torcedores se mobilizaram nas redes sociais para convocar os apaixonados e amantes do clube, para um ato de amor, em defesa do Aryzão e repúdio pela postura da atual diretoria que fechou as portas do clube centenário.

A mobilização ganhou força, e através dela, grupos políticos começaram a pegar carona na pauta, junto aos torcedores. Isso não seria novidade, em se tratando de um ano eleitoral. Ainda mais diante de uma massa de torcedores apaixonados pelo seu time.

E são essas massas que mantêm a relevância do futebol na sociedade, mas despolitiza-lo é quase impossível, a política está enraizada em todos os seguimentos, é através dela e com a mobilização dos torcedores que é possível se buscar uma solução, seja através de um projeto de lei ou até mesmo buscar alternativas junto a outros setores.

Atualmente, diversas figuras políticas possuem passagem no futebol e em outros esportes, como ex-atletas, ex-dirigentes de clubes. Políticos que um dia representaram o povo através do esporte, hoje representam os seus interesses pessoais no parlamento.

Essa grande mobilização dos torcedores do Goytacaz, chamou a atenção da classe política e da Sociedade Campista. A maior preocupação deles é com o que vem acontecendo com diversas equipes no Brasil, que se venderam a empresas e se tornaram apenas vitrines de jogadores, sem ambições reais de conquistas e taças, apenas o de arrecadar dinheiro com venda de jogadores. Times perderam sua essência futebolística, como o Clube Esportivo Rio Branco, que vendeu toda a sua área e hoje não disputa nenhum campeonato. 

Diante dessa mobilização, o vereador Rafael Thuin, protocolou um projeto de lei na Câmara Municipal de Campos, com o objetivo de tornar a área do Aryzão, em não edificante e assim sustar qualquer tentativa de venda ou interesse de empreendedores imobiliários.

Na tarde desta quarta-feira (12), o prefeito de Campos dos Goytacazes (RJ), Wladimir Garotinho, quebrou o silêncio e se manifestou nas redes sociais, explicando os reais motivos de seu afastamento no Goytacaz. Matéria foi publicada no Portal do jornal NF Notícias (Confira aqui).

Em uma de suas falas, Wladimir disse que – “É triste de ver. Um grupo liderado por uma pessoa sem nenhuma capacidade e eu me afastei do clube por conta dessa pessoa, não vou citar o nome, mas o torcedor sabe de quem que eu estou falando, depois de ajudarmos muito o clube, essa pessoa chegou quebrando placas com o meu nome e o nome do meu pai. Mesmo assim, enquanto prefeito, eu consegui um patrocínio para o clube de cerca de R$ 20 mil e por falta de entendimento de como fazer para receber o patrocínio, já que tem as contas bloqueadas, todo o patrocínio que a gente conseguiu para o Goytacaz foi bloqueado pela justiça”.

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