Hannah Arendt no livro Eichmann em Jerusalém reflete a respeito de como pessoas comuns se tornam monstruosas por apenas fazerem aquilo que se tornou normal para elas, apenas por seguirem ordens.
O mal está por toda parte, mas não podemos tolerá-lo como normal, não podemos nos acostumar a ele a ponto de o reproduzir como se seguíssemos a ordem natural das coisas.
Com os nazistas a banalização do mal resultou no holocausto, resultou no mais destrutivo conflito armado que já tivemos, resultou na pulverização de duas cidades japonesas, Hiroshima e Nagasaki, pelo artefato bélico mais devastador de toda a história da humanidade.
Aqui, a banalização do mal elege corruptos há décadas, coloca gente despreparada em cargos chave nos governos e causa milhares de mortes todos os anos.
Aqui, a banalização do mal elege criminosos ligados a facções e milícias que dominam territórios, escravizam pessoas e causam milhares de mortes todos os anos.
Aqui, a banalização do mal faz com que criminosos do colarinho branco sejam protegidos por altas patentes da república, entrem e saiam dos tribunais e entre um trago e outro riam de suas vítimas em jantares e festas luxuosas.
Aqui, a banalização do mal faz com que achemos que é assim mesmo, que nos rendamos, que desistamos de lutar e aceitemos ser postos em guetos, assaltados, achacados e mortos... como zebras a beira do lago nos sentimos aliviados pelo leão ter escolhido outro para jantar.
O mal não é normal, lutemos, o Rio tem jeito!
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