Os investidores brasileiros têm se deparado com uma dúvida recorrente: afinal, ouro ou dólar são melhores alternativas para proteger o patrimônio? Os dados mais recentes mostram que, apesar da solidez da moeda americana, o ouro vem se destacando como o ativo de maior valorização em reais, especialmente em períodos de incerteza global.
O metal precioso chegou a ser negociado a impressionantes US$ 4.392 por onça troy, o maior valor da história, antes de recuar para perto de US$ 4.070, após uma trégua nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China. Mesmo com essa correção, o desempenho no acumulado do ano é notável: alta de aproximadamente 60%.
Na prática, quem investiu R$ 1.000 em ouro há um ano teria hoje R$ 1.596,68.
O avanço reflete o aumento da demanda global pelo metal como ativo de proteção — em meio a uma combinação de inflação persistente, conflitos geopolíticos e sinais de desaceleração econômica nas principais potências.
O ouro acumula valorização superior a 1.600% em reais nos últimos 20 anos, muito à frente do desempenho do dólar.
Já o dólar, apesar da queda no ano, segue sendo a principal moeda de reserva global. Depois de atingir R$ 6,26 em dezembro de 2024, a cotação recuou para os atuais R$ 5,32.
Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), o dólar ainda representa cerca de 58% das reservas oficiais internacionais em 2024 e 2025, mantendo seu papel central na economia mundial — embora já haja sinais de desdolarização em alguns países.
O índice DXY, que mede a força da moeda americana frente a outras divisas fortes, tem mostrado enfraquecimento gradual, reflexo da política monetária do Federal Reserve e da crescente diversificação das reservas globais em outras moedas e ativos.
Ouro e dólar acabam sendo vistos como ativos de proteção para o investidor brasileiro. Entretanto, o perfil de risco e o tipo de proteção são bem diferentes. O ouro, por ser cotado em dólares, já incorpora a variação cambial em sua cotação. Por isso, tende a ter melhor desempenho que o câmbio isoladamente. Além disso, é um ativo global, enquanto o dólar é norte-americano.
De forma genérica, o metal precioso oferece o melhor fator de proteção. No curto prazo, porém, o dólar capitalizado pelos juros americanos pode ser uma alternativa mais estável e previsível.
Analistas sempre recomendam que todo investidor mantenha parte do patrimônio dolarizado, seja por meio de renda fixa americana ou em ativos reais como o ouro.
O investimento em ouro pode ser feito via ETFs, como o GOLD11 na B3 ou o GLD nos Estados Unidos. Já a alocação em dólares capitalizados é possível por meio de ativos de renda fixa americana ou ETFs (Exchange Traded Funds).
Os números não deixam dúvidas: no horizonte de longo prazo, o ouro entregou um retorno superior ao do dólar quando ambos são medidos em reais. Contudo, essa diferença não deve ser interpretada como uma competição direta — cada ativo cumpre um papel distinto na carteira.
O ouro funciona como seguro patrimonial, valorizando-se em momentos de crise e perda de confiança nos mercados. Já o dólar oferece liquidez e acesso ao sistema financeiro mais sólido e desenvolvido do mundo, servindo como base de transações internacionais e referência para diversos ativos.
A combinação equilibrada de ambos é o que oferece maior segurança ao investidor brasileiro, especialmente diante das incertezas geopolíticas e econômicas que devem marcar os próximos anos. O ideal não é escolher entre um ou outro, e sim diversificar.
Por Paulo Nascimento Filho, empresário, assessor de investimentos pela Ancord, influenciador e criador de conteúdo sobre finanças e educação financeira.
| 12 | Imparável Ibovespa |
| 5 | Política monetária não cede, e fiscal não ajuda |
| 24 | Conta internacional: o que é e como ter a sua |
| 17 | Alto patrimônio x alta renda: existe diferença? |
| 10 | CPF dos imóveis: o que é, qual será o impacto? |
| 3 | Ouro registra novo recorde |
| 27 | Vale a pena investir em ETF irlandês? |
| 20 | Petrobras (PETR4) cai mais de 18% no ano - oportunidade ou armadilha? |
| 13 | Gestão de patrimônio: o que você precisa saber para fazer corretamente? |
| 28 | Seguimos apesar de Brasília |
| 21 | Os caminhos de 2026 |
| 14 | Janela de oportunidade com as pequenas empresas da bolsa |
| 7 | Mudança estrutural nos mercados internacionais? Ibovespa bate S&P500 em abril |
| 30 | Brasileiro considera retorno com investimentos baixo, no entanto a poupança segue como preferência |
| 9 | Guerra comercial abre oportunidade para o Brasil |
| 2 | Não existe almoço grátis |
| 26 | O caso Carrefour e as oportunidades da bolsa |
| 19 | A nova corrida do ouro? |
| 5 | Valorização do Ibovespa mostra como ações estão baratas |
| 29 | Primeira Super Quarta do ano |
| 22 | Donald Trump retorna à Casa Branca |
| 8 | Animados para 2025? |
| 18 | Juro sozinho não será suficiente |
| 11 | Os juros subirão ainda mais? |
| 4 | A realidade se impõe |
| 27 | Aluguel sem fiador ou seguro-fiança? Conheça o TD Garantia |
| 13 | A ótica dos dividendos |
| 6 | Caminhos opostos |
| 25 | Corte de juros nos EUA é benéfico, mas não resolve tudo |
| 18 | O que esperar de mais uma Super Quarta? |
| 11 | Depois da farra sempre vem alguma ressaca |
| 4 | A ilusão da notícia |
| 28 | Perspectivas para as taxas de juros |
| 21 | Recorde no Ibovespa |
| 14 | Um novo paradigma a caminho? |
| 7 | Pânico nos mercados globais. Existe razão para tamanha histeria? |
| 31 | Agronegócio é alternativa para investidores |
| 24 | Economia brasileira com crescimento sustentável ou voo de galinha? |
| 10 | Compre ao som dos canhões e venda ao som dos violinos |
| 3 | Segunda metade do ano |
| 26 | Bolsa tem boas oportunidades para os pacientes |
| 19 | Conservadorismo necessário |
| 12 | Juros e inflação nos EUA definirão rumo dos mercados no curto prazo |
| 5 | Nosso dilema do prisioneiro |
| 29 | Como a desancoragem das expectativas atrapalha a queda dos juros no Brasil |
| 22 | Debêntures incentivadas em evidência |
| 15 | Bolsa barata basta? |
| 8 | Conservadorismo e cautela |
| 1 | O mal não falado |
| 27 | Não chegue no fim da festa |
| 20 | Super Quarta quente |
| 13 | Reserva de valor: até onde vão o ouro e o bitcoin? |
| 6 | Petrobras e seu recorde de valor de mercado |
| 28 | Petróleo: a principal commodity |
| 21 | Investimentos inteligentes: planeje sua viagem dos sonhos |
| 7 | Como vencer o medo de investir? |
| 31 | Aquela velha roupa vermelha |
| 24 | 2024 é ano de eleições. A mais importante não será no Brasil |
| 17 | Commodities em baixa |
| 10 | Ressaca pós-virada? |
| 20 | Dicas para controlar os gastos de fim de ano |
| 13 | Última Super Quarta do ano |
| 6 | Lições valiosas de Charlie Munger |
| 26 | Comprar imóvel ou investir em fundos imobiliários? |
| 19 | Em busca de um porto seguro |
| 12 | Mais pra cá do que pra lá |
| 5 | Como investir com foco no longo prazo no Brasil? |
| 15 | Como saber se uma ação está cara ou barata? |
| 8 | Investir é um teste de resiliência |
| 1 | Semana dos Bancos Centrais |
| 21 | Renda fixa segue como “queridinha” em 2023 |
| 14 | Menino ou adulto Haddad? |
| 7 | Fuja dos golpes: não se deixe levar por promessas de dinheiro fácil |
| 26 | Benefícios do planejamento sucessório: conheça mais! |
| 19 | Quais os riscos de investir em FIIs? |
| 13 | Viver de renda? Confira o passo-a-passo para chegar lá! |
| 31 | Contra o consenso |
| 24 | BTG lança plataforma cripto |
| 17 | Preparado para as propagandas eleitorais? |
| 10 | Um pouco de previsibilidade |
| 3 | Preparados para o mês de agosto? |
| 27 | A proteção ficou mais cara, mas continua essencial |
| 20 | Fundos imobiliários X Imóveis |
| 13 | Renda fixa continua atraente. Mas e a bolsa? |
| 6 | Cenário macro para 2º semestre |
| 25 | Uma boa notícia para os fundos imobiliários |
| 18 | O médico e o monstro |
| 11 | O fim da era do dinheiro de graça |
| 4 | A maré baixa mostrará quem está nadando pelado |
| 27 | Todos os caminhos levam à inflação |
| 20 | O alerta vem da China, "de novo" |
| 13 | Insurtechs? Esse seguro está diferente |
| 6 | Consórcio é mais vantajoso que outras aplicações financeiras? |
| 30 | Irmãos a obra: análise de balanços |
| 23 | Com qual frequência você muda de opinião? |
| 15 | A Super-Quarta |
| 9 | Mulheres: com toda crise, uma oportunidade |
| 2 | Investindo em tempos de guerra |
| 23 | A sorte está lançada |
| 16 | Value investing is back |
| 9 | Mudanças e algumas tensões no ar |
| 2 | A política monetária brasileira sob os holofotes |
| 26 | NF Notícias estreia coluna de economia com Paulo Nascimento Filho |
Seja o Primeiro a Comentar
Comentar