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Como montar uma carteira de investimentos para o seu filho?


  • Olhar Econômico
  • 15 de Outubro de 2025 | 08h09
 Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Montar uma carteira de investimentos para seu filho é uma das melhores maneiras de garantir um futuro financeiro seguro. O principal trunfo ao elaborar uma carteira para crianças é o fator tempo. Esse longo horizonte possibilita estratégias focadas no crescimento sustentável do patrimônio e na proteção financeira ao longo da vida.

Importante pensar em diversificação desde o início, com parte de investimentos conservadores, como títulos de renda fixa que acompanham a taxa de juros do país - e outra parte com investimentos mais arrojados, como ações de boas empresas, para gerar acúmulo de patrimônio.

Exemplo de investimentos:

- Renda fixa: Tesouro Direto, CDBs, fundos de renda fixa;

- Renda variável: Ações de empresas sólidas, FIIs (fundos imobiliários);

- Diversificação internacional: ETFs internacionais ou ações de empresas globais.

A carteira do seu filho também pode ser planejada para eventos emergenciais, como imprevistos financeiros, além de metas específicas, como educação ou até uma temporada no exterior futuramente.

Apesar do longo prazo ser uma vantagem, é essencial ter cautela na seleção dos ativos. Em uma carteira para filho, evitar ativos com riscos excessivamente altos, como empresas altamente alavancadas ou investimentos cuja tese seja muito complexa.

Um dos principais erros que os pais podem cometer ao montar uma carteira para filho é o mau gerenciamento de risco. Embora o horizonte de longo prazo permita arriscar mais em ativos de crescimento, não é prudente exagerar na alocação de ativos arriscados sem um retorno esperado proporcional. Em vez disso, é preferível apostar em um equilíbrio entre diferentes classes de ativos para reduzir a volatilidade e o risco excessivo.

Outro erro comum é a falta de planejamento para os momentos de usufruto da poupança. Como o investimento será usado no futuro, é fundamental realizar um planejamento prévio para garantir que o dinheiro estará disponível no momento adequado, sem estar exposto a quedas repentinas no mercado.

Os pais devem priorizar aportes recorrentes em vez de um único investimento. Esse hábito de investir regularmente permite capturar diferentes ciclos de mercado ao longo do tempo, otimizando a performance da carteira. Além disso, os aportes periódicos ajudam a criar uma disciplina de poupança e a contribuir para o desenvolvimento da educação financeira dos filhos.

O ideal é rebalancear a carteira semestralmente ou anualmente, sem a necessidade de revisões mensais. Isso possibilita um acompanhamento estratégico sem gerar ansiedade com flutuações de curto prazo, que são comuns no mercado financeiro.

Fundamental envolver os filhos no processo de investimento, conforme eles crescem. Ao permitir que a criança acompanhe a evolução da carteira, os pais podem promover uma educação financeira prática, que será importante para o futuro gerenciamento desse patrimônio.

Montar uma carteira para filho é um processo que envolve planejamento, disciplina e conhecimento.

O longo prazo permite construir uma carteira robusta e ajustada aos diferentes momentos da vida da criança, garantindo que ela tenha uma base sólida para seu futuro financeiro. Além disso, a educação financeira desempenha um papel crucial na formação de jovens responsáveis e conscientes do valor do dinheiro.

Os primeiros passos são:

- Responsáveis devem abrir a conta para o menor de idade. 

- Ter o RG ou CPF do menor de idade e dos responsáveis em mãos, além de conta em banco;

- Enviar o dinheiro e iniciar.

Por Paulo Nascimento Filho, empresário, assessor de investimentos pela Ancord, influenciador e criador de conteúdo sobre finanças e educação financeira.

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