A cidade de Campos dos Goytacazes enfrenta um desafio social crescente e alarmante: o aumento da população em situação de rua e o visível crescimento do uso de drogas na Pelinca e área central. O que se observa, infelizmente, é uma aparente inércia do poder público municipal diante de uma situação que afeta a segurança, o bem-estar e a dignidade de todos.
As ruas da região central de Campos se transformaram, aos olhos de muitos, em um cenário onde a vulnerabilidade e a dependência química se entrelaçam. O problema vai além da questão social; ele se manifesta em relatos de agressões e ameaças a idosos e mulheres, uma tática desesperada para conseguir dinheiro para sustentar o vício. Essa mistura de medo e opressão é um sintoma claro de que a situação exige uma resposta imediata e coordenada.
A resposta da prefeitura, por sua vez, parece se limitar a ações pontuais e com visibilidade nas redes sociais, um "faz de contas" que não se traduz em políticas públicas efetivas e permanentes. É fundamental que as autoridades se unam para ir além do assistencialismo superficial e abordem a raiz do problema. A questão envolve saúde pública, segurança e assistência social.
Muitos desses indivíduos são de outras cidades, trazidos por circunstâncias diversas, e se veem sem recursos para retornar. O problema, agravado pela pandemia, demonstra a falta de uma política séria de acolhimento e reintegração. É preciso mais do que simplesmente oferecer um teto temporário. É necessário um esforço para localizar as famílias, facilitar o reencontro e fornecer apoio para que essas pessoas possam reconstruir suas vidas.
O crime, muitas vezes, é a consequência direta do vício. Furtos a estabelecimentos comerciais e metais se tornaram uma realidade, alimentando um ciclo vicioso de dependência e ilegalidade. Há inclusive relatos de foragidos da justiça se escondendo em meio à população em situação de rua. O problema é complexo e exige um plano de ação.
Campos dos Goytacazes precisa de um pacto entre as autoridades, como prefeitura, polícia, secretarias de assistência social e saúde, para enfrentar essa crise. É hora de sair das postagens de internet e partir para ações concretas, que envolvam acolhimento, tratamento, e reintegração social.
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