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Gestão de patrimônio: o que você precisa saber para fazer corretamente?


  • Olhar Econômico
  • 13 de Agosto de 2025 | 08h38
 Foto: NF Notícias
Foto: NF Notícias

Em um cenário marcado por incertezas econômicas, inflação e volatilidade nos mercados, a capacidade de administrar recursos financeiros de forma estratégica se tornou essencial para garantir segurança e crescimento no longo prazo.

A gestão de patrimônio vai além de simplesmente escolher onde investir. Envolve entender os objetivos de vida, o perfil de risco e o momento financeiro do indivíduo. O segredo dos grandes investidores não é tentar adivinhar os movimentos do mercado, mas ter uma estratégia imune a eles.

Particularmente gosto de seguir um processo estruturado, que inclui:

DIAGNÓSTICO - compreender os objetivos do investidor, suas necessidades e sua estrutura atual de investimentos;

ANÁLISE - avaliar se os investimentos atuais estão alinhados com esses objetivos;

ESTRATÉGIA - traçar um plano personalizado, considerando fatores como idade, perfil de risco e metas financeiras;

MONITORAMENTO - acompanhar a carteira continuamente, ajustando conforme mudanças no mercado ou na vida do investidor.

Neste sentido, o trabalho de um assessor é como o de um médico - precisa de detalhes para um diagnóstico correto.

Utilizo três pilares base no meu processo.

1) Separação do patrimônio - divido em três “caixinhas”:

- Líquido: reserva de emergência e dinheiro de fácil acesso;

- Imobilizado: imóveis e bens físicos;

- Empresarial: Para quem tem negócios próprios.

Essa divisão ajuda a entender onde você está tomando risco e como equilibrar.

2) Alocação por objetivos - a carteira deve ser organizada de acordo com metas específicas:

- Caixa: para liquidez e oportunidades;

- Crescimento: para acumulação de capital (ações, fundos imobiliários);

- Proteção: seguros e ativos defensivos;

- Renda: investimentos que geram fluxo mensal (títulos, aluguéis).

Comparando essa estrutura à construção de uma casa: a fundação seria a liquidez e a segurança; o retorno a decoração final.

3) Diversificação e equilíbrio - uma boa gestão de patrimônio exige diversificação para reduzir riscos. Por isso a importância de incluir ativos em outras moedas, como ações internacionais e títulos globais para proteger o poder de compra.

Erros comuns e como evitá-los:

- Falta de reserva de emergência: ter de 6 a 18 meses de gastos guardados evita vender investimentos em momentos ruins;

- Excesso de imóveis: ativos sem liquidez podem se tornar um problema em crises;

- Investir sem conhecimento: seguir “dicas” sem análise pode levar a perdas significativas.

O processo de investimento exige curadoria, como comprar um imóvel ou carro. Não dá para confiar apenas em quem só fala das ações quando está ganhando.

O objetivo é chegar no futuro com opções e trabalhar por prazer, não por necessidade. Para isso, é fundamental planejar, diversificar e contar com assessoria especializada. Geralmente 70% do resultado vem da alocação correta entre classes de ativos. O resto é disciplina e paciência.

Por Paulo Nascimento Filho, empresário, assessor de investimentos pela Ancord, influenciador e criador de conteúdo sobre finanças e educação financeira.

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