Uma sociedade moderna é repleta de mecanismos de coerção social que, a bem dizer, são a razão número um de ser do estado. Mecanismos que servem para coibir condutas abusivas e moderar as relações entre os entes sociais, desde o indivíduo até as maiores organizações dentro e fora do governo.
Nessas construções sociais sempre há um poder ao qual recorrer em busca de restabelecimento de uma situação que se enquadre na ordem estabelecida. Mas, e quando se trata de nações independentes, soberanas e eivadas dos próprios interesses?
A relação entre os países é uma anarquia, o recurso a organismos internacionais ONU, OMC, OMS etc só é efetivo se as nações se submeterem a eles por iniciativa própria. Mas, que nação o faria contra os próprios interesses?
Observamos desde a relação entre os membros da União Europeia até a relação entre os países da Liga Árabe ou os participantes de Mercosul e Brics que essa submissão a regras internacionais de boa convivência se estabelece na busca por ganhos comerciais e militares ou, ainda mais visível ultimamente, pelo receio de ataques sejam eles militares ou econômicos.
Fato é que nessa briga de cachorro grande só é possível se proteger sendo um cachorro ainda maior.
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