Estava eu num churrasco, final de semana na praia, na casa de primos em Rio das Ostras, era ano ímpar, para quem se atua ou trabalha prestando serviços na política, ano de entressafra.
Invariavelmente, nessas ocasiões se fala sobre política, seja criticando a inflação que deixa tudo mais caro e a vida mais difícil, comentando sobre a violência cada vez maior, algumas vezes sobre o pneu rasgado num buraco na rua e o prejuízo duplo do cidadão que paga impostos para não ter o serviço público que poderia chamar, ao menos, de razoável.
Nesse dia, entretanto, a pergunta foi outra. Uma dúvida genuína e que mostra o quanto o universo político é um mistério ao cidadão.
O que um político que não está ocupando cargo faz quando não tem eleição?
Essa foi a pergunta que me fez pensar, não na resposta direta que seria simples, mas nas razões para que a dúvida existisse.
Preocupados apenas com mandato e eleições, a maioria dos políticos poderosos afasta da participação política o cidadão comum que não se sente atraído pela disputa eleitoral, mas que tem ideias a propor e soluções a dar aos problemas que afetam a sua vida cotidiana.
Fora do período eleitoral, anos ímpares principalmente, o político sério, sem mandato, cuida de estudar, de se capacitar e promover o desenvolvimento das comunidades em que está inserido e das pessoas que compõem essa comunidade.
Nesse sentido se deu o evento Novo Horizonte, promovido pelo partido Novo, ao qual sou filiado, no Terrazo Hotel, uma roda de conversa com uma empreendedora local a Luma Aragão, sócia da Doce Lu, cafeteria de sucesso na nossa cidade. A Luma falou sobre sua trajetória, desafios e inspirações, sobre o Brasil em que ela quer viver e deixar para as futuras gerações.
Eventos assim são parte do que os políticos sérios fazem quando estão comprometidos de verdade com a política como arte nobre.
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