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Estudo da Firjan coloca Macaé entre as cinco cidades mais desenvolvidas do estado, enquanto Campos ocupa a 55º posição


  • Opinião NF
  • 12 de Maio de 2025 | 14h09
 Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

O recente estudo da Firjan escancara uma realidade preocupante para Campos dos Goytacazes. Enquanto Macaé, com sua expressiva 5ª colocação no ranking estadual do Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), demonstra uma importante capacidade de superar crises e trilhar um caminho de crescimento, Campos amarga a 55ª posição, estacionada em um desenvolvimento ruim e sem perspectivas.

De acordo com estudos da Firjan, Macaé se destaca, inclusive, como a cidade de melhor desempenho em emprego e renda em todo o estado do Rio de Janeiro. Esse feito não é obra do acaso. É o resultado de uma postura proativa, de um ambiente que, apesar dos desafios, soube diversificar, atrair investimentos e gerar oportunidades para sua população.

A cidade de Campos é refém de um modelo assistencialista e alheia à crise que se manifesta no comércio enfraquecido, nos inúmeros imóveis fechados no centro e nas lojas que fecham as portas tanto nas ruas quanto no shopping. A ausência de políticas públicas eficazes para atrair investimentos e fomentar a criação de empregos de qualidade e assim sair dessa estagnação econômica. O resultado é um ciclo vicioso onde a dependência de recursos públicos se perpetua, impedindo o desenvolvimento local.

É frustrante ver que o debate político em Campos se perde em discussões sobre gestões passadas, em vez de focar no presente e no futuro da cidade. Enquanto outras cidades da região, como Macaé, arregaçam as mangas e buscam soluções inovadoras para impulsionar seu desenvolvimento, a cidade parece paralisada, lamentando o ontem em vez de construir o amanhã.

Os dados da Firjan servem de alerta. A cidade precisa urgentemente de uma mudança de mentalidade política, de líderes que priorizem a criação de um ambiente de negócios favorável, que incentivem a iniciativa privada e que compreendam que o verdadeiro desenvolvimento se constrói com oportunidades de emprego e renda, e não apenas com a distribuição de benefícios assistenciais.

A comparação com Macaé não é uma crítica vazia, mas um espelho que reflete a realidade. Chegou a hora de Campos dos Goytacazes deixar de olhar para trás e começar a construir o seu futuro. O exemplo de Macaé, aqui bem perto, demonstra que é possível driblar a crise e retomar a rota do crescimento. Para isso, é preciso ação, planejamento estratégico e, acima de tudo, uma classe política comprometida em fazer o dever de casa, em vez de apenas repetir o discurso cansado do passado. O futuro da cidade e de seus cidadãos depende dessa urgente mudança de rumo.

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