VER?O SJB

Agronegócio é alternativa para investidores


  • Olhar Econômico
  • 31 de Julho de 2024 | 08h06
 Foto: NF Notícias
Foto: NF Notícias

O agronegócio brasileiro vem se destacando no mercado financeiro, com alternativas para produtores rurais e investidores urbanos. O crescente movimento tem permitido aos agropecuaristas encontrarem novas formas de financiamento que não dependam exclusivamente do governo, enquanto os investidores têm a chance de explorar o setor sem a necessidade da compra de terras ou gado.

Comemorado no último domingo (28 de julho), o Dia do Agricultor celebra a contribuição dos trabalhadores rurais para a sociedade brasileira. A data foi instituída em 1960 pelo então presidente Juscelino Kubitschek, reconhecendo o papel fundamental dos agricultores no desenvolvimento do país.

Atualmente a relevância do agro se confirma, respondendo por aproximadamente 25% do Produto Interno Bruto (PIB), o setor continua a se consolidar como um pilar essencial da economia nacional.

Sua expansão no mercado financeiro não apenas proporciona novas oportunidades de financiamento para os produtores rurais, mas também oferece aos investidores uma forma inovadora e lucrativa de diversificar seus portfólios.

De acordo com o Ministério da Agricultura, o patrimônio total de instrumentos financeiros privados voltados ao apoio ao agronegócio mais que dobrou em dois anos, passando de R$ 383 bilhões no final de 2021 para R$ 953 bilhões no final de 2023. Esse valor é quase três vezes o montante de financiamento prometido no Plano Safra 2023/2024, principal fonte de apoio do governo ao setor.

Essa financeirização tem crescido devido ao maior interesse de investidores urbanos nos ganhos do setor e à vontade dos agropecuaristas de expandir seus negócios.

Nós investidores podemos participar do agronegócio por meio de diversos instrumentos financeiros:

Cédulas de Produto Rural (CPRs): Títulos de crédito que representam uma promessa de pagamento futura lastreada em produtos agropecuários.

Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs): Títulos de renda fixa emitidos por instituições financeiras para financiar o setor agropecuário, oferecendo isenção de imposto de renda para pessoa física.

Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCAs): Títulos que representam direitos creditórios originados de operações do setor agropecuário.

Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs): Títulos de renda fixa lastreados em créditos do setor agropecuário, proporcionando retornos atrativos e isenção de imposto de renda para pessoa física em determinadas condições.

Fundos de Investimento em Cadeias Agroindustriais (Fiagros): Fundos que captam recursos para investimentos nas cadeias produtivas do setor agropecuário, funcionando de forma similar aos fundos imobiliários, mas focados no agronegócio.

Investir no agronegócio oferece diversas vantagens, como:

* Diversificação: O setor agropecuário oferece oportunidades para diversificar o portfólio de investimentos, reduzindo os riscos associados a outros setores.

* Resiliência: A demanda por alimentos e produtos agrícolas tende a ser constante, mesmo em tempos de crise.

* Rentabilidade potencial: Investimentos no agronegócio têm o potencial de oferecer retornos atrativos, especialmente em segmentos de exportação e tecnologia aplicada ao campo.

* Proteção contra a inflação: Os preços dos alimentos costumam subir em períodos inflacionários, protegendo o patrimônio dos investidores.

* Impacto socioeconômico: Contribui para o desenvolvimento de regiões rurais, estimulando o crescimento local e a geração de empregos.

* Sustentabilidade e ESG: A demanda por práticas agrícolas sustentáveis e tecnologias verdes no setor pode proporcionar retornos financeiros e benefícios ambientais.

Por Paulo Nascimento Filho, empresário, assessor de investimentos pela Ancord, influenciador e criador de conteúdo sobre finanças e educação financeira.

Seja o Primeiro a Comentar

Comentar

Campos Obrigatórios. *