KOMEDI

Os desafios da maternidade no combate ao abuso sexual infantil


  • Papo de Psicólogo
  • 20 de Maio de 2024 | 14h21
 Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Neste mês de maio, em que celebramos o dia das mães e destacamos a luta contra o abuso sexual infantil, mães enfrentam desafios cruciais na proteção de seus filhos contra esse grave problema. A maternidade, já por si só uma jornada repleta de responsabilidades, torna-se ainda mais complexa quando se trata de resguardar os pequenos contra ameaças tão sérias.

Os altos índices de abuso sexual infantil, tristemente, demandam uma abordagem proativa por parte das mães. Além de educar e fornecer amor e cuidados, as mães enfrentam a difícil tarefa de ensinar seus filhos sobre os limites do corpo, consentimento e identificação de situações de perigo.

O abuso ou maus-tratos ocorre pela existência de um sujeito em condições superiores (idade, força física, posição social, ou econômica, inteligência, autoridade) que comete um dano físico, psicológico ou sexual, contrariamente à vontade da vítima ou por consentimento obtido a partir de indução ou sedução enganosa. O abuso sexual corresponde a um dos quatro tipos de abusos cometidos contra crianças e adolescentes. Os outros três tipos a saber são: a negligência, o abuso físico e o abuso psicológico. A negligência define-se por todo ato ou omissão de pessoa responsável pela criança ou adolescente em prover as necessidades básicas para o seu desenvolvimento. Como exemplo de negligência podemos citar a omissão dos cuidados básicos necessários à saúde e à escola.

Mães devem estar atentas aos sinais comportamentais que possam indicar que algo está errado com seus filhos. Mudanças repentinas de humor, regressão no desenvolvimento, pesadelos frequentes e aversão a certos indivíduos podem ser indicadores de que a criança está passando por situações traumáticas.

Além disso, é crucial que as mães criem um ambiente seguro e aberto em casa, onde os filhos sintam-se confortáveis para compartilhar suas experiências e preocupações. Estabelecer uma comunicação eficaz desde cedo é essencial para fortalecer o vínculo entre mãe e filho e para que a criança se sinta à vontade para relatar qualquer tipo de abuso.

Educadores também desempenham um papel importante nessa luta, fornecendo informações e orientações sobre prevenção de abuso sexual tanto para as crianças quanto para os pais. Iniciativas de conscientização e programas de educação sexual podem ajudar a capacitar as mães e suas famílias a protegerem seus filhos de maneira mais eficaz.

Portanto, neste mês das mães e do combate ao abuso sexual, é essencial que as mães estejam atentas, informadas e preparadas para enfrentar os desafios que a maternidade traz consigo. Proteger nossas crianças é uma responsabilidade coletiva, e cada mãe desempenha um papel crucial nessa importante missão de garantir um futuro seguro e saudável para as próximas gerações.

Um grande abraço, até a próxima postagem.

 

Sérgio Alexandre Sá

Psicólogo

CRP 05/58383

Referências:

https://repositorio.ufc.br/handle/riufc/37790

https://www.seer.ufal.br/index.php/gepnews/article/download/12955/9010

https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/6830

Seja o Primeiro a Comentar

Comentar

Campos Obrigatórios. *