A corrida eleitoral para a formação da nominata dos grupos visando as eleições deste ano tem movimentado os bastidores políticos em Campos, principalmente das duas forças da Planície Goitacá – a primeira, é encabeçada pelo prefeito Wladimir Garotinho. A segunda, liderada pelo presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), o deputado estadual Rodrigo Bacellar. Ambos detentores de duas máquinas públicas importantes e de total relevância, uma voltada para a maior cidade do interior e a outra para o Estado.
Nesse final de semana, o prefeito Wladimir realizou vários contatos via telefone, principalmente no domingo, buscando fortalecer ainda mais o grupo. Diante disso, além da reeleição, Wladimir tem outra preocupação, que é eleger um vereador da sua confiança, que seria o seu amigo e sócio em uma produtora de eventos, o empresário Dudu Azevedo.
De acordo com fontes ligadas ao NF Notícias, por questões de “vaidade”, o chefe do Executivo campista quer tornar Dudu o vereador mais votado da história do município. O motivo é simples, ele quer desbancar o patriarca da família Bacellar, o ex-vereador Marcos Bacellar, que até então, na história de Campos, foi um dos vereadores mais votados.
Mesmo Marcos não estando no páreo político, o prefeito tem tal compromisso com a sua intimidade. O prefeito leva o assunto tão a sério, que busca lideranças políticas importantes de diferentes pontos da cidade, visando fortalecer uma eventual candidatura de Dudu. Inclusive, o tema tem gerado desgaste no próprio clã Garotinho, devido a tais lideranças já terem compromissos com vereadores aliados. Há quem diga que dois vereadores governistas estão arrumando as malas para a oposição – um retornando e outro seria uma cara nova no grupo Bacellar. Em termos de porcentagem, a mudança é considerada 90% certa. O desgaste é natural neste período, cabe Wladimir ter habilidade para contornar as negociações.
Por vez, o grupo Bacellar, através do deputado Rodrigo, presidente da Alerj, tem um compromisso com a sua cidade. Hoje, em um patamar elevado, ele deslumbra fortalecer a base territorial. Mesmo ocupando o maior cargo do Legislativo Fluminense e tendo o irmão, Marquinho Bacellar, ocupando o maior cargo do Legislativo municipal, Rodrigo ainda não tem uma base política fortalecida em Campos. Com isso, ele quer solidificar o grupo no município, objetivando outras conquistas políticas.
Relacionado a disputa pelo Executivo, Marquinho já deu inúmeras declarações que não é pré-candidato à prefeitura, no entanto, se diz como um “cara de grupo” e se for do entendimento dos colegas e do irmão, ele será o candidato a prefeito. Com isso, fico uma incógnita de quem representaria os Bacellar nestas eleições. No último pleito municipal, a cartada de Rodrigo não funcionou muito bem, que foi a do Dr. Bruno Calil. Um nome que não tinha muito destaque entre os eleitores mesmo com os recursos que foram investidos na campanha. Nestas eleições, a família Bacellar pretende fazer mais.
Também no final de semana, Rodrigo esteve em Campos reunido com o pai, os irmãos e lideranças políticas, já fazendo o planejamento e montando as estratégias para as eleições. Há quem diga que a “queda de braço” vai ser grande. Quem terá mais força para conseguir os cabos eleitorais considerados mais fortes para atrair os eleitores para cada grupo?
Outro ponto dos Bacellar, sendo esse o principal, é encorpar o grupo no Legislativo municipal e em caso de reeleição, Wladimir não ter a vida fácil na Câmara, como já acontece na gestão de Marquinho.
As movimentações estão apenas começando a esquentar o tabuleiro da disputa política em Campos, cada um buscando peças importantes para fortalecer o seu grupo político.
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