Estamos nos aproximando de uma das maiores festas tradicionais do mundo, porém sendo a mais celebrada no Brasil, o carnaval. Apesar de ser conhecida como uma cultura muito forte no Brasil, o carnaval não foi originário no país. Sua origem remete a antiguidade, com o começo da agricultura na Grécia onde no período de 600 A.C., os homens comemoravam a fertilidade e produtividade do solo. A festa era organizada em volta das fogueiras, onde as pessoas dançavam e os foliões usavam máscaras e disfarces para ocultar as diferenças nas classes sociais. E assim, a festa foi se espalhando pela Grécia e Roma até chegar a Veneza, e a partir de então, se espalhou pelo mundo todo. Destaca-se que foi em Veneza que a festa criou características atuais: máscaras, fantasias, carros alegóricos e desfiles.
Foi em Veneza que de fato as máscaras se tornaram um adereço carnavalesco, com influência do teatro, onde as máscaras eram utilizadas para os personagens se esconderem no anonimato. Então, os bailes de máscaras se construíam como ocasiões onde as pessoas se livravam das amarras sociais. Com o tempo, a festa foi se transformando de acordo com a cultura de cada país, porém as máscaras permaneceram na tradição.
Em algumas situações da nossa trajetória, nos deparamos com ocasiões em que criamos uma “máscara” para disfarçamos nossos próprios sentimentos ou até mesmo nos escondermos da nossa realidade, buscando muitas vezes o mesmo pressuposto das máscaras de carnaval para tentar se livrar das amarras sociais (nossas diferenças de opiniões, personalidades, objetivos e desejos).
Porém, quando utilizamos as “máscaras” na nossa vida, nos afastamos daquilo que nos torna seres autênticos e que segundo o filosofo Jean- Paul Sartre, é uma condição humana e não uma conquista: a nossa LIBERDADE de escolha.
Já Kierkegaard acredita que o indivíduo por ser livre, deve escolher, por ato de vontade ou firmeza – abdicar de uma vida conformada às suas normas universais da comunidade e assumir a sus condição de singularidade e originalidade, assim tornando-se um ser autêntico.
Por tanto, viver consiste em nos equilibrar constantemente entre a nossa liberdade de escolha e a responsabilidade que temos em assumir as consequências provocadas pelas nossas decisões, assim fortalecemos a nossa autenticidade.
Dessa forma, um individuo autêntico, consegue reconhecer, em seu interior, suas qualidades e atributos que lhe tornam único e original, lhe proporcionando saúde mental e bem estar.
Bom Carnaval! E não se esqueça: seja você mesmo!
Um grande abraço, até a próxima postagem.
Sérgio Alexandre Sá
Psicólogo
CRP 05/58383
Referências:
https://www.neoenergia.com/pt-br/te-interessa/cultura/Paginas/carnaval.aspx
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