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Quando termina o entretenimento e começa a violência


  • Papo de Psicólogo
  • 27 de Janeiro de 2023 | 14h00

 Após propagar rapidamente nas redes sociais algumas cenas do relacionamento de Bruna Griphao e Gabriel, no BBB 23 e a maneira como eles se tratavam, as pessoas começaram a se questionar se de fato aquele relacionamento estava sendo saudável. Em uma ocasião mais explícita, em uma conversa descontraída, o modelo fala para sua companheira: “mas, já,já você vai tomar umas cotoveladas na boca”. Episódio este, que fez com que a direção do programa e o apresentador Tadeu Schimidt intervisse através de uma conversa com o casal, onde alerta o modelo da maneira de como estava falando com sua companheira dizendo: “Gabriel em uma relação afetiva, certas coisas não podem ser ditas nem de brincadeira, nem de brincadeira”.

E você, sabe identificar o momento do relacionamento que acaba o entretenimento e começa a violência?

Situações como essas, são muitas vezes difíceis de se identificar, pois, como mencionado também pelo apresentador, quem está no relacionamento muitas vezes acaba naturalizando a violência sofrida ou realizada, como também algumas atitudes se tornam muito sutis ou imperceptíveis para o casal.

A violência psicológica surge como uma violência que não deixa marcas no corpo, mas,  fere a autoestima, o poder de decisão e reconhecimento, a identidade ou ao desenvolvimento da pessoa. Muitas vezes podem causar danos maiores no indivíduo do que a própria violência física.

Então, fique atento(a) mesmo nos momentos de entretenimento, aquilo que o companheiro(a) fala ou faz, que seja interpretado(a) por você, como: ameaça, chantagem, humilhação, monopolização da tomada de decisão, controle, insulto, comparação desqualificadora, grito, controle da imagem, provocação, moralização, negação, das percepções ou sentimentos, indiferença ou assédio. É considerado violência psicológica e precisa ser combatido o quanto antes, pois o relacionamento precisa gerar entre seus companheiros sentimentos bons e não sentimentos negativos.

 

Um grande abraço, até a próxima postagem.

 

Sérgio Alexandre Sá

Psicólogo

CRP 05/58383

 

Referências:

 

Microsoft Word - Ciclo do relacionamento abusivo - desmistificando relação tóxicas .docx (portalintercom.org.br)

 

Dissertação_Patricia_Colossi.pdf (asav.org.br)

 

11.1 artigo 4 (scielo.br)

 

artigo final intercom (ufc.br)

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