“Rolezinho de Natal” causa perturbação do sossego em bairros de Campos

Como ocorre todo ano, a madrugada desta quinta-feira de Natal (25) foi marcada por transtornos em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. O chamado “rolezinho de Natal” mobilizou grupos de motociclistas que percorreram diversas regiões da cidade, ignorando as leis de trânsito e causando intensa poluição sonora.

A prática consiste na reunião de dezenas de condutores que circulam em grupo, muitos deles utilizando motocicletas com escapamentos adulterados. O barulho excessivo gerou uma onda de reclamações nas redes sociais, onde moradores da Planície Goitacá relataram a perturbação do sossego.

Os registros de insatisfação vieram de vários pontos, com destaque para a Avenida 28 de Março, uma das principais avenidas da cidade e diversos bairros do subdistrito de Guarus. Além do incômodo auditivo, o "rolezinho" é alvo de críticas pelos riscos de acidentes, já que é comum a prática de manobras perigosas e a circulação em alta velocidade.

O impacto da desordem atinge diretamente grupos mais vulneráveis, como idosos, enfermos, crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) — que possuem sensibilidade auditiva — e animais domésticos.

Em nota, a PM informou:

A Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informa que, segundo o comando do 8º BPM (Campos dos Goytacazes), a cidade conta com operação planejada com o objetivo de reprimir a prática de "rolezinho" na localidade, em virtude da aproximação do verão. 

As ações contam com o apoio da Prefeitura de Campos dos Goytacazes, sendo empregados oito policiais em duas viaturas e quatro motocicletas. Veículos vêm sendo abordados para a fiscalização. 

Segundo o comando da unidade, as operações continuam e serão desencadeadas nos quatro municípios que compõem a área do 8º BPM, a fim de garantir mais segurança e tranquilidade à população.

Já a Prefeitura de Campos destacou que, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública e a Guarda Civil Municipal, a atuação para coibir esse tipo de prática é de responsabilidade da Polícia Militar. A Guarda reforça que não tem como realizar esse tipo de ação de forma isolada, atuando sempre em apoio às operações conduzidas pela PM.

Ainda segundo o órgão, houve monitoramento da situação por meio do Centro de Controle Operacional (CCO), com contato direto entre as equipes.