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PF afasta agentes por suspeita de desvio de drogas apreendidas para o tráfico

As investigações tiveram início a partir da prisão em flagrante de um dos principais líderes do tráfico


  • Cidades
  • 07 de Novembro de 2025 | 09h04 | Por: Catarine Barreto
 Foto: Divulgação/ PF
Foto: Divulgação/ PF

A Polícia Federal no Espírito Santo, em ação integrada com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Espírito Santo e com o apoio da Corregedoria da Polícia Civil do Espírito Santo, deflagrou, na manhã desta sexta-feira (07), a Operação Turquia, visando o enfrentamento de um grupo criminoso com atuação no tráfico de drogas.

Durante a execução dessa fase ostensiva da investigação, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, dois mandados de prisão temporária e três ordens judiciais de afastamento das funções públicas de policiais civis lotados no Departamento Especializado em Narcóticos da Polícia Civil (DENARC/PCES).

Os suspeitos são investigados pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e participação em organização criminosa. No caso dos policiais, as condutas também indicam possível prática de peculato e corrupção passiva, assim como os traficantes podem ser enquadrados por corrupção ativa.

As investigações tiveram início a partir da prisão em flagrante de um dos principais líderes do tráfico de drogas na Ilha do Príncipe, em Vitória/ES, ocorrida em fevereiro de 2024. Posteriormente, com o aprofundamento das apurações, foram verificados fortes indícios de que o preso e os servidores públicos mantinham relação, apontando para uma possível cooperação ilícita durante diligências policiais realizadas.

Os levantamentos indicaram que parte das drogas apreendidas em ações oficiais poderia estar sendo desviada para a própria associação/organização criminosa. Pelos elementos colhidos, uma fração do entorpecente não era registrada nos boletins de ocorrência e acabava sendo repassada a intermediários indicados pelo grupo.

O nome da operação, “Turquia”, faz referência ao codinome “Turco”, utilizado pelo líder criminoso para se referir a um dos policiais investigados. A denominação simboliza a relação de proximidade estabelecida entre o servidor e o integrante da facção, evidenciada nas comunicações interceptadas ao longo da investigação.

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