Oposição rebate dados de emprego após moção de aplausos na Câmara de Campos

Uma moção de aplausos proposta pelo vereador Cabo Alonsimar (PDT), da base governista, em celebração ao desempenho socioeconômico de Campos dos Goytacazes, gerou intenso debate entre os parlamentares da Câmara Municipal. O projeto exaltou o crescimento do município no registro de novas vagas formais, um tema que dividiu a opinião entre a situação e a oposição.

​Cabo Alonsimar destacou que, de janeiro a junho de 2025, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) registrou 3.263 novas vagas formais em Campos. Segundo o vereador, desde o início da gestão do prefeito Wladimir Garotinho (PP), o município alcançou a marca inédita de 17.510 empregos com carteira assinada nos últimos quatro anos e cinco meses. Com esses números, Campos figura na quinta posição entre os 92 municípios do estado do Rio de Janeiro, sendo o setor de serviços o grande responsável pela criação de 60% das novas oportunidades de trabalho.

​Em contrapartida, o vereador Maicon Cruz (PP) criticou os dados apresentados, argumentando que a realidade de muitos moradores de Campos ainda é marcada pela extrema pobreza e fome. Cruz apresentou números comparativos com dois municípios da Região Norte - São João da Barra e Macaé - para reforçar seu ponto de vista.

​“O único avanço que eu vejo em Campos é o da miséria e o da fome”, declarou Cruz, apresentando dados que, segundo ele, indicam que em São João da Barra, um em cada dois habitantes possui emprego formal, totalizando 15 mil empregos formais para uma população estimada de 37 mil. Em Macaé, o vereador afirmou que um em cada duas pessoas trabalham formalmente, com 144 mil empregos formais para uma população estimada de 260 mil. Já em Campos, Maicon Cruz afirmou que apenas um em cada sete campistas possui vínculo formal de trabalho, com 85 mil trabalhadores formais para uma população estimada de 519 mil habitantes.

​Após os discursos e a troca de argumentos entre os vereadores, a moção de aplausos foi aprovada por maioria, com os votos contrários dos parlamentares da oposição.