Foi realizado, nesta terça-feira (15), no Fórum Maria Tereza Gusmão, a audiência de instrução e julgamento do caso Vinícius da Silva Azevedo, o subsíndico brutalmente assassinado em um condomínio localizado na Avenida Arthur Bernardes, em Campos dos Goytacazes (RJ), na madrugada do dia 26 de fevereiro deste ano. Neste primeiro momento serão colhidas provas orais para que o juiz possa tomar uma decisão sobre o caso. O réu preso, José Renato, estava no local. O advogado do condomínio, Jan Fellipe Gomes da Motta, detalhou como será o julgamento de hoje. (VÍDEO AQUI).
A primeira a ser ouvida foi a delegada títular da 134º Delegacia de Polícia do Centro de Campos, Carla Tavares, responsável pela investigação do caso. Em sua fala, ela relatou tudo que foi apurado durante as investigações e destacou que a motivação do crime foi o vazamento de água no apartamento de Vinicíus da Silva.
Ainda segundo apurado pela delegada, José Renato era temido e violento e os outros moradores tinham medo dele. "Especialmente pelo motivo, me deixa muito perplexa, porque em 20 anos de profissão dificilmente a gente vê um crime nessas condições..." disse Carla.
O síndico do condomínio, Luan da Silva Bezerra, também foi ouvido. Ele narrou sobre o caso e falou que é algo difícil de falar pois era amigo da vítima há 13 anos. Além disso, ele destacou um caso de importunação sexual cometido contra uma menina no condomínio pelo Jean Renato (acusado). (VÍDEO AQUI)
A esposa do subsíndico, Gabriela Mota, se emocionou durante a sua fala na audiência. Ela narrou que havia chegado do aniversário do sobrinho, quando escutou muito barulho. “Quando eu desci, eu só desci procurando o Vinícius. E aí, quando eu chego lá embaixo de fato, o Vinícius já está caído no chão, e o José com a arma apontada na cabeça dele (...) E eu correndo em direção a ele. E aí, ele dá três coronhadas no Vinícius até eu chegar (...) e aí ele cai e vira e aponta a arma para mim, tentando atirar, e eu consigo desarmá-lo naquele momento.”
"Eu conheço o Vinicíus desde que eu tinha 8 anos de idade. A gente era amigos. A gente completou 16 anos juntos no dia 23 de fevereiro. Então, o Vinicius era uma pessoa assim. Não tinha tempo ruim com ele. Ele era a felicidade dele em qualquer lugar que ele estivesse." Completou Gabriela.
O porteiro, João Paulo, que à época estava no seu quinto dia de trabalho, disse que presenciou o momento em que José Renato chegou a casa a pé, um pouco desequilibrado, parecendo que estava bêbado, e logo depois os moradores começaram a reclamar do barulho. Momento em que chamou o vigia devido às reclamações. Ambos nem chegaram a subir no prédio, porque viram Vinícius e José já no pátio.
No final da audiência de instrução às 19h, a defesa do José Renato pediu um exame de sanidade mental. O juíz Adones marcou uma nova audiência para o dia 15 de maio às 15h30, para poder ouvir um policial militar, que é testemunha do caso, porém está de férias no momento, e apresentar o teste do réu.
A equipe de reportagem do NF Notícias acompanhou o julgamento no fórum*
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