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A influência dos jogos eletrônicos para as crianças e os adolescentes


  • Papo de Psicólogo
  • 31 de Março de 2022 | 16h40
 Divulgação
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Na Paraíba, no dia 19 de março deste ano, um menino de 13 anos confessou ter matado a mãe e o irmão e ferido o pai com uma arma de fogo, após ser proibido de usar o celular.

No dia 21 de março deste ano, na área central de Campos dos Goytacazes, um menino de 12 anos agrediu a sua mãe de 35 anos, após ela ter tentado fazê-lo parar de jogar. O menino ainda quebrou vários objetos dentro da casa.

De acordo com a evolução da tecnologia, a sociedade está cada vez mais aderindo à utilização dos equipamentos eletrônicos, no entanto, as crianças também estão sendo inseridas nesse consumo. O período pandêmico, acelerou todo esse processo de forma considerável. Pela necessidade do isolamento social, a tecnologia foi uma ferramenta muito utilizada para realização de tarefas diárias em que anteriormente eram realizadas pessoalmente. Com isso, os momentos de descontração e diversão também foram adaptados, então a tecnologia passou a ser ainda mais um instrumento muito utilizado nessas situações, através dos jogos eletrônicos, redes sociais...

Algumas pesquisas indicam que as crianças através da prática de jogos eletrônicos, virtuais e games, podem desenvolver habilidades importantes para o seu desenvolvimento, como: autonomia, moralidade, atenção, socialização, concentração, imaginação, criatividade e limites, preparando o indivíduo para situações futuras durante sua experiência de vida.

Em outros jogos, podemos encontrar cenários que exigem do jogador a capacidade de planejar suas ações, de coibir comportamentos impulsivos, de flexibilizar suas decisões. Jogos esses, que pontuam seus jogadores que realizam a melhor estratégia e planejamento, fazendo com que seu usuário valorize e aperfeiçoe cada vez mais essas habilidades.

Entretanto, a preocupação está voltada para a exigência dos jogos que possuem conteúdos violentos com seus usuários, para que tenham uma atenção permanente e uma participação psicológica ativa. Essa exposição poderá ensinar técnicas agressivas de comportamento, desinibir comportamentos agressivos, provocar uma dessensibilização no indivíduo, deixando-o indiferente ao sofrimento alheio ou até mesmo, construir uma ideia distorcida da realidade ou uma percepção insensata do mundo. Essa exposição ao jogo violento, também pode contribuir para a construção de características de hostilidade no indivíduo.

  Podemos compreender que atualmente vivemos o tempo de uma “infância Cyber”, crianças muito menos passivas, mais independentes e cada vez menos sujeitas à obediência aos pais.

Assim, podemos perceber que os jogos eletrônicos podem trazer benéficos ou malefícios para as crianças e os adolescentes. Portanto, conseguimos compreender a real importância dos pais e responsáveis no equilíbrio da utilização dos jogos eletrônicos e na observação das mudanças de comportamento ou características das crianças e dos adolescentes.

Contudo, fica um alerta para os pais e responsáveis! O monitoramento dos jogos e aparelhos eletrônicos, é fundamental para o bom desenvolvimento psicossocial das crianças e adolescentes. Portanto, é de responsabilidade dos adultos esse monitoramento, que irá de fato observar o momento em que a utilização dos eletrônicos não está mais gerando benefícios para as crianças e sim, produzindo malefícios.

 

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