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Duas famílias pela disputa eleitoral em Campos


  • Opinião dos Jornalistas
  • 03 de Abril de 2024 | 16h07
 Foto: Reprodução/Redes Sociais
Foto: Reprodução/Redes Sociais

O período eleitoral se aproxima e as alianças, acordos, traições, surpresas e especulações começam a surgir. Em Campos, como já é de costume com disputas bastante inflamadas, as negociatas ganham forma desde o primeiro dia do ano. Atualmente, dois grupos conhecidos dos eleitores brigam por vagas em dois dos principais poderes – Legislativo e Executivo – existem aqueles que correm por fora, no entanto, sem a “máquina” não conseguem alcançar voos altos.

Desde primeiro de janeiro de 2024, o prefeito de Campos, Wladimir Garotinho, através da habilidade política herdada do pai, o ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, conseguiu encorpar sua eventual reeleição à prefeitura de Campos com auxílio de diversos partidos, conseguindo o apoio até de vereadores da Câmara que se destacavam na oposição, o exemplo foi a pulada de muro de Anderson de Matos após o Republicanos declarar apoio à Wladimir.

Falando sobre o grupo de Wladimir, para aqueles que achavam que tudo estava caminhando 100% bem, algumas adversidades foram surgindo nos últimos meses. Com a chegada de um “articulador político” que fazia parte do grupo Bacellar, muitos apoiadores do chefe do Executivo ficaram insatisfeitos, inclusive vereadores. Há quem diga que Wladimir já tem o seu pré-candidato a vereador favorito, sendo ele Dudu Azevedo, amigo pessoal e sócio. Durante a sessão dessa terça-feira (02), o parlamentar governista Bruno Pezão disparou que Dudu estaria usufruindo da máquina pública para aliciar alguns assessores políticos de vereadores da base, assunto que gerou grande insatisfação nos bastidores do governo.

Ainda sobre o atual gestor da Planície Goitacá, outro personagem ganhou força no grupo, sendo esse um antigo rival político de Wladimir (ou nem tão rival assim), que é Caio Vianna, o segundo candidato mais votado para o Executivo nas eleições de 2020, perdendo justamente para o atual prefeito. Esse foi um tema que também bambeou a corda do governo, com insatisfações, inclusive do vice-prefeito, Frederico Paes, já que, segundo fontes ligadas ao NF Notícias, Caio pode ser o vice da chapa que hoje gere a maior cidade do interior do Rio. Será que pode acontecer uma pulada de muro por parte de Frederico? Não fiquem surpresos se isso acontecer.

Desta vez, falando do grupo que corre por fora, porém, conta com o auxílio da “máquina” estadual, os Bacellar não param de anunciar candidatos para tentar desbancar Wladimir. O último deles foi o ex-vereador campista e deputado estadual Thiago Rangel, que está cotado para disputar o Executivo pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), inclusive com anúncio da pré-candidatura já feito. Um parêntese nessa história, pois o partido afirmou que irá apoiar Wladimir em Campos. Se de fato Rangel disputar a eleição, ele tem que correr atrás de outro partido.

O interesse de forasteiros em Campos é um ponto que também tem chamado a atenção durante a corrida eleitoral. Políticos que não conhecem sequer a cidade cogitam uma candidatura por aqui. Exemplo disso é o deputado estadual Fellipe Poubel e até mesmo Carla Machado, que ganhou destaque na gestão do município vizinho, São João da Barra. Além de prováveis candidaturas, há também aqueles que de certa forma, tem algum interesse pelo município, o caso do prefeito do município do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, que tirou o Partido Social Democrata (PSD) de Caio Vianna em Campos após o mesmo declarar apoio à Wladimir. Inclusive, uma aliança entre Paes e Bacellar já está findada. No mais, qual seria o interesse de Paes em Campos, já que o mesmo também vai concorrer às eleições municipais na Capital Fluminense? Fica aqui o questionamento.

Destacando ainda o grupo Bacellar, também com grande habilidade, personagens campistas que nunca tiveram vínculo político estão cotados para o pleito deste ano. Como já informado pelo NF, o caso da delegada que atuou na unidade Especializada no Atendimento à Mulher de Campos, Madeleine Dykeman e a pré-candidata a vereadora, a jornalista Cláudia Eleonora. Claro e evidente a tática dos Bacellar de pulverizar os votos pode funcionar, devido a relevância de Madeleine para os campistas no momento em que atuava pela DEAM. Além dela e dos outros dois citados (Carla Machado e Thiago Rangel), existe o nome do ex-vereador Magal, com algumas lideranças políticas no subdistrito de Guarus, ele pode tirar votos de Wladimir por lá.

Nesse cabo de guerra que é a política campista, qual lado terá mais força? O mais importante de tudo citado é o bem-estar dos campistas, que clama por uma Campos melhor, com geração de emprego, saúde de qualidade, segurança, turismo e demais benefícios.

Por Lucas Arantes 

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