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2024 é ano de eleições. A mais importante não será no Brasil


  • Olhar Econômico
  • 24 de Janeiro de 2024 | 08h13
 Foto: Reprodução
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No último fim de semana, nos Estados Unidos, ocorreu um movimento significativo no cenário político local: Ron DeSantis, figura proeminente do partido republicano, anunciou a retirada de sua candidatura à presidência para as eleições de 2024, simultaneamente endossando Donald Trump como seu candidato preferencial.

De acordo com as pesquisas mais recentes, Trump detém uma sólida liderança dentro do partido, com 50% das intenções de voto entre os eleitores republicanos. Por outro lado, Nikki Haley, ex-governadora da Carolina do Sul, teria 39% das intenções de voto.

A saída de DeSantis da corrida presidencial pode ser um momento decisivo para Haley. Se ela não conseguir ganhar tração e impulso agora, as perspectivas de uma disputa efetiva contra Trump parecem cada vez mais distantes.

O maior desafio para o ex-presidente não reside no desempenho de Haley, mas na possibilidade de complicações legais afetarem sua campanha. Não sendo o caso, particularmente considero Donald Trump como o mais provável candidato a ganhar as eleições de novembro.

A expectativa é de uma disputa eleitoral mais acirrada que a de 2020, com o mercado começando a precificar melhor as eleições a partir de março.

Parte dessa situação se deve justamente às decisões dos democratas, que mantem Joe Biden como candidato, um presidente octogenário com índices de aprovação abaixo de 40% e diariamente questionado sobre sua capacidade física.

O fato é que ao analisar o ano de 2024 sob uma perspectiva macroeconômica e sistêmica, apresentam-se dois fatores cruciais.

Primeiramente, a tendência global de redução das taxas de juros promete melhorar o cenário econômico e financeiro globalmente. Essa mudança na política monetária deve influenciar positivamente os mercados e a atividade econômica em diversas regiões.

O segundo aspecto é a complexidade dos riscos geopolíticos, um ponto crucial destacado pela consultoria Eurasia, que descreve 2024 como “o ano das três guerras”.

Estas incluem os conflitos contínuos entre Rússia e Ucrânia, Israel e Hamas (com potencial de se expandir cada vez mais pela região) e as divisões internas nos Estados Unidos, intensificadas pela eleição presidencial.

Embora as casas de apostas já mostrem uma tendência favorável a Trump, a competição deverá ser extremamente disputada e poderá ter um impacto significativo no cenário político global.

Caso Donald Trump reassuma a presidência, há uma incerteza sobre como ele poderia agir em termos de revanchismo político. Diante disso, os mercados financeiros teriam que se adaptar às crescentes possibilidades de uma drástica mudança na direção política dos Estados Unidos.

Por outro lado, apesar de ser comumente percebido como um país polarizado, a estrutura política descentralizada dos Estados Unidos tem fomentado um ambiente propício para inovações e avanços significativos.

Esse cenário tem sido essencial para o desenvolvimento de setores-chave e a atração de talentos globais.

A Califórnia, por exemplo, lidera no avanço da inteligência artificial a nível mundial, enquanto Nova Iorque se destaca como um dos centros financeiros mais preeminentes do mundo. O Texas, é notável tanto na produção de combustíveis fósseis quanto no avanço de energias sustentáveis e cadeias de suprimentos. E ainda temos a Flórida, para muitos conhecida somente como a terra do Mickey, mas que se destaca por seu crescimento econômico acelerado.

Lembro que apesar das claras divisões internas, os Estados Unidos perseveram na sua posição de liderança como a principal superpotência mundial.

Esta realidade, embora firme, enfrenta desafios crescentes em um contexto geopolítico que se torna cada vez mais adverso. À medida que avançamos nos próximos anos, espera-se que os EUA continuem a exercer uma influência global significativa, mas dentro de um cenário internacional que se apresenta cada vez mais complexo e desafiador.

Esta dinâmica exige dos Estados Unidos não apenas a manutenção de sua força e influência, mas também uma adaptação estratégica às novas realidades políticas e econômicas globais.

É uma questão em aberto se o próximo presidente dos Estados Unidos estará à altura da missão de liderar a nação, mantendo sua influência global e navegando com sucesso pelos desafios crescentes.

Essa tarefa envolve equilibrar diplomacia, poder econômico e liderança estratégica, enquanto responde às expectativas do povo americano e mantém a estabilidade global.

A capacidade do próximo líder de fazer justiça a esse papel complexo e exigente será crucial para o futuro do país e seu papel no mundo.

Por Paulo Nascimento Filho, empresário, assessor de investimentos pela Ancord, influenciador e criador de conteúdo sobre finanças e educação financeira.

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