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“O presidente tem que entender que ele não é líder da oposição, e sim de um colegiado de 25 vereadores”, diz vice-líder de governo


  • Opinião dos Jornalistas
  • 26 de Outubro de 2023 | 09h03
 Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Os vereadores que compõem a base do governo na Câmara de Campos, divulgaram uma nota sobre a obstrução durante a sessão ordinária desta quarta-feira (25). Os parlamentares alegam que Marquinho Bacellar preside um colegiado de 25 vereadores, e não somente para o grupo de oposição, o qual foi líder durante o mandato de Fábio Ribeiro.

Em nota, os governistas destacam que Marquinho deveria formular o recurso e encaminhar para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) em até dois dias, que por sua vez a comissão teria dois dias para emitir um parecer. A conclusão da CCJ tem que entrar na ordem do dia da próxima sessão, sendo necessário ter maioria para deferir ou indeferir.

Além disso, a base afirma que o presidente “não é líder da oposição, porém, preside um colegiado formado por 25 vereadores e infelizmente atropela o regimento. Nossa obstrução é um instrumento legal, que seguirá até que a ordem regimental seja devidamente estabelecida”.

Após a sessão obstruída, a equipe de reportagem do NF Notícias entrou em contato com o líder do governo e o vice-líder, Álvaro Oliveira e Juninho Virgílio, respectivamente.

Ambos bateram na tecla da ordem cronológica que consta no regimento interno do Parlamento sobre a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Três estavam na fila e o presidente instaurou a da Educação.

“Existem no mínimo três CPIs na frente, tem que seguir a ordem cronológica. Temos um regimento interno e ele está atuando de forma autoritária. Eu li em plenário hoje a obstrução e ele descumpriu mais de quatro artigos do regimento interno e isso corre risco de até destituição da presidência se ele não cumprir o que manda o artigo 281 e 282 desta casa”, explicou Álvaro.

“O presidente, de algum tempo, ele tenta rasgar o regimento interno desta casa. Assim ele fez quando colocou a Lei de Diretrizes Orçamentárias para votação quando não tinha quórum. E agora, mais uma vez, ele faz arquivando CPIs que estavam na ordem. E vai ser assim... enquanto não se reestabelecer a ordem regimental da Casa, nós iremos obstruir a sessão. O presidente tem que entender que ele não é líder de uma bancada de oposição, ele é presidente de um colegiado com 25 vereadores”, disse Juninho.

Fim da pacificação

Como noticiado pelo NF nesta quarta, a briga entre os grupos da oposição e do governo Wladimir ganhou mais um capítulo – o prefeito Wladimir Garotinho, decidiu exonerar as pessoas que ocupam os cargos comissionados em pastas do executivo por indicação de vereadores de oposição.

Dentre as exonerações, está o psicólogo Hans Muylaert, que assumia até então a Secretaria Municipal de Turismo, criada em março deste ano, além da subsecretária Isabela Barreto, o Chefe de Gabinete Fabiano Gomes e o advogado Daniel Matos. O Secretário de Trabalho e Renda, Robson da Silva, também foi exonerado, entre pessoas de outros cargos.

Por Lucas Arantes 

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