Investir é uma forma de aplicar o seu dinheiro em algum ativo ou negócio com a expectativa de obter um retorno futuro superior ao valor investido. Investir é diferente de poupar, pois envolve riscos e incertezas. Não há garantia de que o seu investimento vai se valorizar ou gerar renda. Por isso, investir requer planejamento, conhecimento, disciplina e paciência.
Mas onde investir? Essa é uma pergunta que muitas pessoas fazem, mas que não tem uma resposta única e definitiva.
Isso porque existem diversos tipos de investimentos, cada um com suas características, vantagens, desvantagens, riscos e rentabilidades.
Além disso, cada investidor tem seu perfil, seus objetivos, seu prazo, sua tolerância ao risco e sua disponibilidade financeira. Portanto, não há um investimento ideal para todos, mas sim um investimento adequado para cada um.
Para escolher o melhor para você, é importante conversar com um assessor de investimentos. Provavelmente ele te fará perguntas e irá considerar alguns fatores como:
O seu perfil de investidor: você é conservador, moderado ou arrojado? Prefere preservar o seu capital ou buscar maiores retornos? Você aceita correr mais riscos ou prefere ter mais segurança? Tem mais facilidade para lidar com as oscilações do mercado ou fica mais ansioso?
Os seus objetivos financeiros: você quer investir para comprar um carro, uma casa, viajar, se aposentar ou realizar outro sonho? Qual é o valor que você precisa atingir e em quanto tempo? Você tem uma meta definida ou apenas quer acumular patrimônio?
O seu horizonte de tempo: você quer investir a curto, médio ou longo prazo? Precisa do dinheiro em breve ou pode deixá-lo aplicado por mais tempo? Você tem planos de resgatar o seu investimento ou pretende reinvestir os rendimentos?
A sua disponibilidade financeira: quanto dinheiro você tem para investir? Você tem uma reserva de emergência? Você tem outras fontes de renda? Você consegue poupar uma parte do seu salário todo mês? Você tem dívidas ou compromissos financeiros?
Depois de responder a essas perguntas, seu assessor irá pesquisar os diferentes tipos de investimentos existentes e fará uma comparação de acordo com os critérios abaixo:
Rentabilidade: qual é o retorno esperado do investimento? Ele é fixo ou variável? Ele é nominal ou real? Ele é bruto ou líquido? Ele é simples ou composto?
Risco: qual é a probabilidade do investimento perder valor ou gerar prejuízo? Ele é baixo, médio ou alto? Ele depende de fatores externos ou internos? Ele pode ser reduzido ou eliminado?
Liquidez: qual é a facilidade de transformar o investimento em dinheiro? Ele pode ser resgatado a qualquer momento ou tem um prazo mínimo? Ele tem alguma penalidade ou imposto sobre o resgate?
Tributação: qual é o regime tributário do investimento? Ele é isento ou tributado? Qual é a alíquota do imposto? Ela é fixa ou regressiva? Ela incide sobre o principal ou sobre os rendimentos?
Diversificação: qual é o grau de correlação do investimento com os demais ativos da sua carteira? Ele aumenta ou diminui o risco e a rentabilidade do seu portfólio? Ele está exposto a diferentes mercados e setores?
Ao analisar esses aspectos, será mais fácil identificar e apresentar os investimentos que mais se adequam ao seu perfil, aos seus objetivos, ao seu prazo e à sua disponibilidade financeira.
A melhor estratégia é sempre montar uma carteira diversificada, que combine diferentes tipos de investimentos e que seja capaz de aproveitar as oportunidades e mitigar os riscos do mercado.
No entanto, lembre-se que investir não é uma ciência exata e que não há uma fórmula mágica para escolher o melhor investimento. O que funciona para uma pessoa pode não funcionar para outra. O que funciona hoje pode não funcionar amanhã. O que funciona em um cenário pode não funcionar em outro.
Por isso, é importante estar sempre atento às mudanças econômicas, políticas e sociais que podem afetar os seus investimentos e que converse e revise periodicamente a sua estratégia e os seus resultados.
Investir é um processo contínuo de aprendizado, adaptação e evolução. Quanto mais você se informar, se educar e se preparar, maiores serão as chances de tomar boas decisões e alcançar seus objetivos financeiros.
Por Paulo Nascimento Filho, empresário, assessor de investimentos pela Ancord, influenciador e criador de conteúdo sobre finanças e educação financeira.
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