Os investidores estão atentos hoje à reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). A grande expectativa está em torno da decisão sobre o corte na taxa de juros.
A curva de juros aponta para uma maior probabilidade de um corte de 50 pontos-base, enquanto as instituições financeiras esperam um corte de 25 pontos.
Como já comentei anteriormente nesta coluna, um corte de 25 pontos seria coerente com a postura mais cautelosa que o Copom tem adotado nos últimos meses, de acordo com o que foi destacado em seus comunicados.
Em contrapartida, se o corte for de 50 pontos, poderá sinalizar a possibilidade de uma continuidade no mesmo ritmo para o próximo encontro, em setembro, evitando que o mercado interprete de forma agressiva o ciclo (por exemplo, esperando um corte de 75 pontos).
Ao mesmo tempo, vale lembrar que o comitê enfatizou em junho a necessidade de prudência e cautela na condução da política monetária diante da conjuntura econômica, em linha com o que foi indicado pelas agências de rating recentemente.
A comunicação desde a última reunião deixou a porta aberta para o início do ciclo de flexibilização, ainda que de forma gradual, já que os dados recentes de inflação têm mostrado uma dinâmica mais favorável.
Independentemente se o corte será de 25 ou 50 pontos, espera-se que o ciclo de flexibilização monetária finalmente se inicie.
A reunião marcará também a estreia de Gabriel Galípolo no colegiado. Visto como uma espécie de sucessor espiritual do Roberto Campos Neto, é desejável que ele e o presidente do Banco Central votem alinhados para evitar ruídos e impactos negativos no mercado financeiro.
Esse alinhamento sinalizaria pragmatismo e solidez no trabalho técnico do BCB.
Em outras palavras, a forma como os dois votos se alinharão, pode ser tão relevante quanto o próprio corte de juros para as expectativas de inflação, o mercado e a curva do DI.
Em relação aos nossos pares latino-americanos, alguns países já iniciaram a redução das taxas de juros.
O Chile, por exemplo, cortou a taxa para 10,25% ao ano, dando início a um ciclo de flexibilização monetária mais intenso do que o esperado. Foram os primeiros a adotar esse movimento de relaxamento monetário na América Latina.
Internacionalmente, observo que estamos chegando ao fim dos ciclos de aperto monetário.
Na última semana nos EUA, por exemplo, o FED optou por elevar a taxa para a faixa entre 5,25% e 5,50% ao ano, em uma decisão unânime em sua reunião de julho, como amplamente previsto pelo mercado.
Olhando para o futuro, o alívio das restrições na cadeia de valor global, aliado a preços mais baixos de commodities e à valorização do real, tem mantido as condições externas favoráveis para os preços no país, apesar do recente aumento do petróleo.
Fonte: Institute of International Finance.
Observando os rastreadores do Institute of International Finance, fica claro que a pressão inflacionária no Brasil diminuiu significativamente nos últimos meses, o que abre caminho para o início do processo de flexibilização da política monetária.
Além disso, a decisão positiva em relação à meta de inflação, mantendo-a em 3% sem alterar a faixa de tolerância, trouxe mais clareza e alívio após meses de incerteza em torno do assunto.
Com base na comunicação de junho do Copom, na redução dos riscos no país e na evolução do cenário externo, juntamente com os indicadores favoráveis da inflação, espero que o ciclo de flexibilização já comece hoje.
Sim, há possibilidade de um corte de 50 pontos na Selic, embora o meu cenário base ainda seja de um corte de 25 pontos. A decisão deve impulsionar mais os ativos brasileiros, com o Ibovespa se mantendo acima de 120 mil pontos após o IPCA-15.
O contexto é favorável para posições em juros de longo prazo e ações, que tendem a apresentar um bom desempenho ao longo do segundo semestre.
As perspectivas são positivas para a economia brasileira, com a flexibilização da política monetária contribuindo para estimular o crescimento e a recuperação econômica.
Tudo indica que estamos no início do bull market brasileiro e você pode aproveitar para buscar lucros que há anos não eram possíveis. Confira a carteira recomendada de ações para o momento e tenha a chance de fazer o seu patrimônio crescer, segundo os analistas do BTG Pactual, o maior banco de investimentos da América Latina. Acesse gratuitamente aqui.
Por Paulo Nascimento Filho, empresário, assessor de investimentos pela Ancord, influenciador e criador de conteúdo sobre finanças e educação financeira.
25 | Corte de juros nos EUA é benéfico, mas não resolve tudo |
18 | O que esperar de mais uma Super Quarta? |
11 | Depois da farra sempre vem alguma ressaca |
4 | A ilusão da notícia |
28 | Perspectivas para as taxas de juros |
21 | Recorde no Ibovespa |
14 | Um novo paradigma a caminho? |
7 | Pânico nos mercados globais. Existe razão para tamanha histeria? |
31 | Agronegócio é alternativa para investidores |
24 | Economia brasileira com crescimento sustentável ou voo de galinha? |
10 | Compre ao som dos canhões e venda ao som dos violinos |
3 | Segunda metade do ano |
26 | Bolsa tem boas oportunidades para os pacientes |
19 | Conservadorismo necessário |
12 | Juros e inflação nos EUA definirão rumo dos mercados no curto prazo |
5 | Nosso dilema do prisioneiro |
29 | Como a desancoragem das expectativas atrapalha a queda dos juros no Brasil |
22 | Debêntures incentivadas em evidência |
15 | Bolsa barata basta? |
8 | Conservadorismo e cautela |
1 | O mal não falado |
27 | Não chegue no fim da festa |
20 | Super Quarta quente |
13 | Reserva de valor: até onde vão o ouro e o bitcoin? |
6 | Petrobras e seu recorde de valor de mercado |
28 | Petróleo: a principal commodity |
21 | Investimentos inteligentes: planeje sua viagem dos sonhos |
7 | Como vencer o medo de investir? |
31 | Aquela velha roupa vermelha |
24 | 2024 é ano de eleições. A mais importante não será no Brasil |
17 | Commodities em baixa |
10 | Ressaca pós-virada? |
20 | Dicas para controlar os gastos de fim de ano |
13 | Última Super Quarta do ano |
6 | Lições valiosas de Charlie Munger |
26 | Comprar imóvel ou investir em fundos imobiliários? |
19 | Em busca de um porto seguro |
12 | Mais pra cá do que pra lá |
5 | Como investir com foco no longo prazo no Brasil? |
15 | Como saber se uma ação está cara ou barata? |
8 | Investir é um teste de resiliência |
1 | Semana dos Bancos Centrais |
21 | Renda fixa segue como “queridinha” em 2023 |
14 | Menino ou adulto Haddad? |
7 | Fuja dos golpes: não se deixe levar por promessas de dinheiro fácil |
26 | Benefícios do planejamento sucessório: conheça mais! |
19 | Quais os riscos de investir em FIIs? |
13 | Viver de renda? Confira o passo-a-passo para chegar lá! |
31 | Contra o consenso |
24 | BTG lança plataforma cripto |
17 | Preparado para as propagandas eleitorais? |
10 | Um pouco de previsibilidade |
3 | Preparados para o mês de agosto? |
27 | A proteção ficou mais cara, mas continua essencial |
20 | Fundos imobiliários X Imóveis |
13 | Renda fixa continua atraente. Mas e a bolsa? |
6 | Cenário macro para 2º semestre |
25 | Uma boa notícia para os fundos imobiliários |
18 | O médico e o monstro |
11 | O fim da era do dinheiro de graça |
4 | A maré baixa mostrará quem está nadando pelado |
27 | Todos os caminhos levam à inflação |
20 | O alerta vem da China, "de novo" |
13 | Insurtechs? Esse seguro está diferente |
6 | Consórcio é mais vantajoso que outras aplicações financeiras? |
30 | Irmãos a obra: análise de balanços |
23 | Com qual frequência você muda de opinião? |
15 | A Super-Quarta |
9 | Mulheres: com toda crise, uma oportunidade |
2 | Investindo em tempos de guerra |
23 | A sorte está lançada |
16 | Value investing is back |
9 | Mudanças e algumas tensões no ar |
2 | A política monetária brasileira sob os holofotes |
26 | NF Notícias estreia coluna de economia com Paulo Nascimento Filho |
Seja o Primeiro a Comentar
Comentar