Quando se fala em aposentadoria, muitos jovens pensam que isso é algo muito distante e que não precisa ser planejado agora. Afinal, existem muitos anos pela frente para trabalhar e contribuir para a Previdência Social. No entanto, esse é um grande equívoco que pode comprometer o futuro financeiro de quem não se prepara.
Por que não depender do INSS?
A reforma da Previdência mudou as regras para se aposentar pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Agora, é preciso cumprir uma idade mínima de 62 anos para mulheres e 65 anos para homens, além de um tempo mínimo de contribuição de 15 anos para ambos os sexos. Para receber o valor integral do benefício, é necessário contribuir por 40 anos.
Isso significa que os jovens terão que trabalhar mais tempo e contribuir mais para garantir uma renda na velhice.
Além disso, o valor do benefício do INSS provavelmente será insuficiente para manter um padrão de vida confortável, já que ele é limitado pelo teto de R$ 7.507,49.
Por isso, aposentadoria também é assunto para jovem. Quanto antes você começar a planejar e poupar para esse objetivo, melhor será o resultado no futuro. Mas como fazer isso?
Quando começar e por que fazer isso com bastante antecedência?
O ideal é começar a planejar a aposentadoria assim que se entra no mercado de trabalho. Isso porque quanto mais cedo se começa a investir, maior será o tempo para acumular recursos e aproveitar os juros compostos, que fazem o dinheiro render cada vez mais.
Além disso, começar cedo permite que se invista menos por mês e se alcance uma quantia maior no final.
Por exemplo: se um jovem de 25 anos investir R$ 300 por mês em um fundo de previdência privada com rentabilidade líquida de 5% ao ano até os 65 anos, ele terá acumulado cerca de R$ 400 mil. Já se ele começar aos 35 anos, terá que investir R$ 650 por mês para chegar ao mesmo valor.
Outra vantagem de planejar é poder escolher o tipo de aposentadoria que mais se adequa ao seu perfil e aos seus objetivos. Existem diversas opções no mercado, como planos de previdência privada (PGBL ou VGBL), fundos de investimento (renda fixa ou variável), títulos públicos (Tesouro Direto), imóveis (para gerar renda de aluguel) etc.
Cada uma dessas alternativas tem suas características próprias, como risco, rentabilidade, tributação e liquidez. Importante pesquisar bem e comparar as vantagens e desvantagens antes de decidir onde aplicar seu dinheiro.
Será que o recém-lançado Tesouro RendA+ é uma boa opção?
O Tesouro RendA+ é um novo produto lançado pelo Tesouro Nacional em parceria com o Banco do Brasil. Trata-se de um plano de previdência privada do tipo VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre). O plano tem como público-alvo os jovens entre 18 e 29 anos que querem começar a poupar para a aposentadoria com baixo risco e potencial de ganho superior à renda fixa tradicional.
Funciona da seguinte forma: o investidor escolhe o título relacionado ao ano em que deseja começar a receber sua aposentadoria e faz os investimentos ao longo dos anos até a data escolhida. São oito opções com data de conversão entre 2030 e 2065, sempre variando a cada 5 anos. Quando essa data chegar, ele passará a receber uma renda mensal por 20 anos (240 meses), corrigida pela inflação.
Durante a fase de acumulação, o seu dinheiro rende acima da inflação, com uma taxa de juros real fixa definida no momento da compra do título. Essa taxa pode variar conforme as condições do mercado informada diariamente no site do Tesouro Direto.
No período de conversão, o valor seguirá corrigido pelo índice de inflação (IPCA), o que irá preservar o poder de compra nessa fase.
Os investidores que levarem os títulos do Tesouro RendA+ até a data do vencimento terão isenção da Taxa de Custódia da B3 nos pagamentos mensais futuros de até 6 salários mínimos. Se o valor dos pagamentos for maior que isso, haverá cobrança de 0,10% ao ano sobre o excedente. Caso seja necessário recalcular a rota e realizar um resgate antecipado, a taxa de custódia será regressiva, conforme a seguinte regra:
- Até 2 anos após a compra: 0,50% ao ano;
- Entre 2 e 4 anos após a compra: 0,40% ao ano;
- Entre 4 e 6 anos após a compra: 0,30% ao ano;
- Entre 6 e 8 anos após a compra: 0,20% ao ano;
- Após 8 anos da compra: isento.
Importante saber que se você resgatar o seu dinheiro antes do vencimento, poderá vender o seu título ao preço de mercado, mas terá que pagar Imposto de Renda sobre os rendimentos pela tabela regressiva.
O Tesouro RendA+ é uma opção interessante para quem busca uma renda extra no futuro com proteção contra a inflação e rentabilidade acima da Selic. No entanto, é preciso estar atento aos riscos envolvidos nesse tipo de investimento, como a volatilidade do mercado financeiro e a possibilidade de perda em caso de resgate antecipado. Existem ainda algumas desvantagens, como:
- A carência de 60 dias para resgate;
- A tributação pelo Imposto de Renda na tabela regressiva;
- A possibilidade de perda de valor em caso de venda antecipada;
- A limitação da renda extra por 20 anos.
Resumidamente, o RendA+ tem características que podem ser vantajosas ou desvantajosas dependendo da situação do investidor, como:
1) A escolha da data de conversão: o investidor pode escolher entre oito opções de títulos com datas diferentes para começar a receber a sua renda extra. Isso pode ser bom para quem tem um planejamento definido, mas pode ser ruim para quem muda de ideia ou precisa se adaptar a imprevistos.
2) A taxa de juros real fixa: o investidor sabe desde o início qual será a taxa de juros real que irá receber sobre o seu investimento. Isso pode ser bom para quem busca previsibilidade e segurança, mas pode ser ruim para quem busca oportunidades de ganhos maiores em outros tipos de investimento.
3) A correção pela inflação: o investidor tem a garantia de que o seu poder de compra será preservado ao longo do tempo. Isso pode ser bom para quem busca proteção contra a alta dos preços, mas pode ser ruim para quem espera uma queda da inflação no futuro.
Por isso, antes de investir no RendA+, é importante comparar com outras opções disponíveis no mercado e avaliar qual se encaixa melhor nos seus objetivos e no seu perfil de risco.
Por Paulo Nascimento Filho, empresário, assessor de investimentos pela Ancord, influenciador e criador de conteúdo sobre finanças e educação financeira.
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