Eu pedalo diariamente uma média de 16 quilômetros – ida e volta – da casa onde moro até meu local de trabalho, na região de Pelinca, em Campos. Mais de 90% desse trajeto eu faço pela ciclovia que corta parte da cidade, margeada pela Avenida 28 de Março. Mas, não são raras as vezes que pego outro caminho, quando tenho como destino o Centro ou bairros periféricos da cidade.
No entanto, mesmo na maior ciclovia de Campos os ciclistas encaram todos os dias diversos problemas para pedalar com segurança. O maior deles é em relação aos motoristas que não respeita quem está de bicicleta, quando estes precisam atravessar uma avenida ou sair da ciclovia para pegar uma rua paralela. Eles simplesmente não param, não respeitam a sinalização manual e jogam o carro na frente sem cautela nenhuma. Um risco real de acidente.
Eu sou testemunha vida, por pouco, pois quase fui atropelado por apressadinho que dirigia seu carro e não parou no sinal vermelho no cruzamento da 28 de Março com a João Maria, as 14 horas de uma terça-feira de sol quente. Por sorte, tive tempo de frear e torcer para que não viesse outro carro na hora.
Vale ressaltar que também existem muitos ciclistas que se jogam entre os carros sem nenhuma responsabilidade, mas estes são minoria no trânsito campista.
Outro ponto de destaque são pessoas que usam as bicicletas elétricas e andam em alta velocidade na ciclovia, dividido com bicicletas simples o espaço na marra. Estes também não respeitam a própria categoria e acham que estão em “outro patamar”.
As ciclofaixas criadas em 2022 foram mais uma válvula de escape para os ciclistas que dividiam com carros e caminhões as ruas apertadas do Centro de Campos. Foram delimitados espaços nas ruas Marechal Floriano (antiga Ouvidor) e dos Goytacazes (antiga rua do Gás) e Avenida Rui Barbosa, entre outras, para que mais pessoas sentissem segurança para pegar a bicicleta e ir à padaria, por exemplo, sem precisar tirar o carro da garagem.
Porém, há trechos da ciclovia da 28 de Março onde a prefeitura fez mudanças, mas obras não foram finalizadas, deixando mais estreita a pista. Bem como, parte onde tem árvores que atrapalham a visibilidade do ciclista.
Atualmente a rede cicloviária de Campos é composta por quase 30km de ciclovia e 17km de ciclofaixa, além de outras áreas compartilhadas. Ou seja, tem espaço para todos na cidade: motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres. Basta ter respeito.
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