O mercado de saúde não é mais aquele oceano azul de tempos atrás. O número de profissionais e ofertas de serviços de saúde tem crescido significativamente e de maneira concentrada em algumas regiões. Por exemplo, na odontologia, são mais de 15 mil novos profissionais entrando no mercado por ano, fazendo com que o Brasil, segundo o Conselho Federal de Odontologia, tenha hoje quase 400 mil profissionais em atividade e seja o país com mais dentistas no mundo.
A maior parte destes profissionais estão concentrados nas capitais e cidades médias. Somente a Região Sudeste concentra mais da metade dos dentistas do País. A proporção atual é de aproximadamente 1500 dentistas por 1 milhão de brasileiros, números que superam o Japão, a França, a Alemanha e a China. A estimativa é que quase 20% dos dentistas do mundo estejam no Brasil.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) apresenta números um pouco distintos, talvez em função da metodologia utilizada. No geral, segundo a OMS, o Brasil estaria em terceiro lugar no ranking com números totais de dentistas, atrás somente da China e da Índia. Isso pouco importa. O argumento utilizado acerca do grande número de profissionais tem o objetivo de mostrar que o mercado de saúde não é mais o mesmo. A competitividade sugere que a profissionalização é o melhor caminho para se estabelecer com sucesso em negócios da área de saúde.
Estratégia, gestão e marketing não são mais palavras incomuns nesses segmentos. As organizações que não lançarem mão desses mecanismos estarão fadadas à extinção. Hoje em dia, somente ser um bom profissional tecnicamente não resolve muita coisa, talvez seja somente o início da trajetória potencialmente promissora, que envolverá ainda a necessidade de definição do posicionamento estratégico de mercado, o público-alvo, as personas, o portfólio de produtos e serviços, a gestão financeira e precificação, a artilharia de marketing e estrutura comercial para captar e fidelizar os clientes/pacientes. Esses são novos tempos!
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