SICOOB
KOMEDI

A bomba da Ceperj em Campos e o resumo da política fluminense


  • Opinião NF
  • 05 de Agosto de 2022 | 07h02
 Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Caiu como uma bomba em Campos as investigações do Ministério Público, reveladas por reportagens do UOL e da TV Globo, que apontam um esquema de cargos secretos na Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro (Ceperj). As reportagens citam o deputado Rodrigo Bacellar como um dos parlamentares que nomeavam indicados no órgão público. Pessoas ligadas a vereadores da oposição também são investigadas por suspeita de serem funcionários fantasmas. Alguns destes vereadores que faziam parte da base governista no ano passado e pularam de lado de uma hora para outra. A partir de agora, as coisas tendem a ser mais esclarecidas pelo MP. Enquanto isso, o silêncio impera na Câmara.

Mais de 5 mil pessoas

O deputado estadual Bruno Dauaire (União Brasil) realizou uma grande prestação de contas de seu mandato, na última terça-feira (2), no ginásio do Automóvel Clube, em Campos. Muita gente ficou de fora porque o espaço não comportou todo mundo, para se ter uma ideia. O prefeito Wladimir Garotinho esteve presente e destacou a importância da parceria com Dauaire para articulações junto ao Governo do Estado para importantes investimentos na cidade, como as obras do Parque Saraiva, na Vila dos Pescadores e a reforma do Hospital Geral de Guarus (HGG).

O vendaval de Garotinho e o apoio a Castro após ataques

Ulysses Guimarães já dizia que política é como nuvem. Você olha, ela está de um jeito, olha de novo e já mudou. Mas parece que passou um verdadeiro vendaval e mudou completamente a relação entre o ex-governador Anthony Garotinho (União Brasil) e o atual governador Cláudio Castro (PL). Até outro dia, Garotinho comparava Castro a Sérgio Cabral e não economizava nas críticas, ao lado da filha, a deputada Clarissa Garotinho (União Brasil). Depois de declarar apoio ao atual chefe de Palácio Guanabara, o político campista chegou até a ensaiar uma candidatura própria a governador com o objetivo de atrapalhar os planos de reeleição de Cláudio.

No plano de fundo desse cabo de guerra está a disputa pelo comando da Câmara de Campos entre a oposição, capitaneada pelo deputado Rodrigo Bacellar (PL), e o grupo do prefeito Wladimir Garotinho (sem partido), além das condições de governabilidade da prefeitura com este cenário. 

Com pouca viabilidade, a pré-candidatura a governador de Garotinho se transformou em candidatura a deputado federal após convenção do União Brasil, no último domingo. O partido também alçou Clarissa Garotinho à condição de postulante ao Senado. Nos bastidores, corre que essa é uma costura que tem como objetivo cessar os ataques da família Garotinho a Cláudio Castro, enquanto o governador teria como trabalho intervir na crise do Legislativo goitacá. Se terão sucesso em suas empreitadas, já são outros 500. Mas é fato que Castro esteve no evento do União e abraçou o ex-governador, embora a expressão dos dois não tenham sido de muito amor.

 

MDB sendo MDB

Há algum tempo o MDB (antigo PMDB) tem fama de ser um partido camaleônico, que se adaptar com extrema facilidade às conjunturas políticas para ser sempre base governista. Independente de quem esteja no governo. E a direção estadual do partido mostrou mais uma vez essa habilidade. Em convenção, foi aprovado o apoio da legenda no Rio de Janeiro à candidatura do ex-presidente Lula (PT). Um detalhe importante é que a agremiação tem uma candidata do partido, a senadora Simone Tebet (MDB). Além disso, outro detalhe é que o MDB também confirmou o ex-prefeito de Duque de Caxias Washington Reis – apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) – como vice na chapa do governador Cláudio Castro (PL), também aliado de Bolsonaro. Tem coisas que não mudam.

Seja o Primeiro a Comentar

Comentar

Campos Obrigatórios. *