Quando não é a pandemia é a inflação. Quando não é a inflação é a alta dos juros. Quando não é a alta dos juros é a disparada de alguma commodity. É como se sempre houvesse um motivo na manga para desencadear processos de aversão ao risco nos mercados financeiros.
Chegou o momento de mais uma reunião do Comitê de Política Monetária (COPOM). Investidores observam se o Banco Central (Bacen) encerrará o ciclo de alta da Selic hoje, quando as apostas indicam uma elevação em 50 pontos-base a taxa Selic para 13,75%.
Até então uma certa moderação dos preços das commodities, ao menos parcial, e uma atividade chinesa menos robusta também dariam margem para a projeção de uma economia não tão aquecida do ponto de vista internacional, o que suporta a idéia de um fim de ciclo de aperto monetário no Brasil na reunião desta semana.
Naturalmente, ainda temos os riscos fiscais e políticos no radar. Justamente por isso torna-se importante acompanhar a retomada de atividade do Congresso Nacional. Após duas semanas de recesso parlamentar, teremos na pauta itens como o rol taxativo da ANS e as medidas provisórias próximas de caducar, como a tabela de frete rodoviário, a redução a zero da alíquota de encargos federais e estaduais sobre os combustíveis e a abertura de crédito extraordinário no orçamento para o pagamento de parte do pacote previsto pela PEC dos Benefícios.
Um problema é que ainda estamos na última semana de convenções partidárias, o que tira muitos parlamentares de Brasília, inviabilizando alguns debates. Ainda assim, o tema mais relevante para as próximas semanas deverá se relacionar com as discussões envolvendo o orçamento para 2023 — historicamente, o mês de agosto costuma ser mais volátil justamente por conta da discussão do planejamento de receitas e despesas para o ano seguinte.
Entretanto, o grande foco dos investidores neste início de mês esteve bem longe de Brasília. O motivo da vez seria o risco geopolítico. Aqueles que não são íntimos das peças do xadrez político dos EUA foram apresentados a uma nova personagem — Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Deputados e pivô da atual crise diplomática entre americanos e chineses.
Desde que Donald Trump deixou a Casa Branca, as rusgas entre as duas maiores economias do mundo abandonaram as manchetes, mas uma viagem de Pelosi a Taiwan veio para relembrar o mundo que não é apenas a Europa que convive com pontos de tensão.
Para o governo chinês, a ida da congressista americana à ilha é uma afronta direta, já que Pequim não reconhece a independência da região de 24 milhões de habitantes. O episódio tem tudo que uma boa crise diplomática promete: ameaças militares e de sanções econômicas dos dois lados.
A primeira visita de um presidente da Câmara dos EUA a Taiwan em 25 anos repercutiu nos mercados financeiros mundiais somente nesta semana, diante da escalada vertiginosa da tensão militar entre Washington e Pequim. Há pouco mais de duas semanas, o Departamento de Estado dos EUA teria autorizado a venda de assistência militar ao governo de Taiwan. Desde então, enquanto a Marinha dos Estados Unidos aumentou sua presença nos mares da região, caças chineses têm sobrevoado o estreito entre a ilha de Formosa e a China continental.
Com um quadro de inflação alta e economia desacelerando, esse tipo de embate está longe de ser o que os investidores estão dispostos a enfrentar no momento — ainda mais com dirigentes do Federal Reserve (Fed) reforçando o compromisso com o controle dos preços e o risco de juros mais elevados.
A reação padrão foi de uma forte procura por dólar, o que fez a moeda americana subir frente ao real, aos R$ 5,2792.
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