O partido Novo participou das eleições pela primeira vez em 2018, quando teve um resultado surpreendente. Com a proposta de uma legenda feita por pessoas sem experiência na política e com linha liberal na economia, a agremiação teve o empresário João Amoêdo como quinto colocado na disputa à presidência, superando nomes tradicionais como Henrique Meirelles e Marina Silva, com 2,6 milhões de votos. Além disso, o partido também elegeu o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, e oito deputados federais. Entre eles, Paulo Ganime, o único pelo Rio de Janeiro.
Logo em seu primeiro mandato, o engenheiro de produção se destacou por defender grandes reformas estruturantes, como a tributária, a administrativa e a política, além de trabalhar com afinco no combate à corrupção, defendendo a extinção do foro privilegiado e sendo favorável à prisão em segunda instância, sempre com a liberdade econômica como princípio.
Dentro deste contexto, o partido abriu mão das verbas do fundo partidário e, com recursos próprios, lançou a candidatura de Ganime ao Governo do Estado. Sem vaidade, ele abriu mão de tentar a reeleição para uma disputa difícil no Rio de Janeiro porque acredita no seu projeto. Isso por si só é elogiável.
O estado viveu períodos terríveis na política, com vários ex-governadores presos, impeachment e uma série de escândalos de corrupção que levaram a um descrédito generalizado da classe política. Tanto que na última eleição os fluminenses elegeram o desconhecido Wilson Witzel como uma esperança, um grito de desespero por dias melhores. Bem, não precisamos dizer muito sobre o resultado dessa aventura.
Não precisamos de mais corrupção e muito menos de uma outra aventura. Em Minas Gerais, o Novo tem provado que é possível de fazer uma gestão eficiente e capaz de enfrentar problemas graves de estado complexo e enorme como nosso vizinho. Tanto que todas as pesquisas têm apontado uma vitória fácil de Zema ainda no primeiro turno na eleição deste ano.
Em recente entrevista ao Band Eleições, Ganime também falou sobre a importância de descentralizar a riqueza do estado, que hoje é concentrada em 49% na capital. Para nós, que moramos no interior, uma região tão importante para a produção de petróleo, precisamos de quem olhe por nossa região não apenas na hora da eleição. Não apenas em busca de voto. Depois de tanto descrédito, precisamos ter consciência de que só vamos mudar essa situação através da política e com quem realmente busca o melhor.
Além disso, vivemos um cenário quase de guerrilha com a polarização insana entre Jair Bolsonaro e Lula. É mais do que preciso, é fundamental colocarmos água nessa fervura para que o país retome o caminho da tranquilidade para voltar a se desenvolver. Esse clima de Fla-Flu político só tende a nos prejudicar. E no estado do Rio de Janeiro, o cenário é idêntico. A população está estafada da politicagem.
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