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“Brincadeira de criança como é bom, como é bom! Paz, Amor e Esperança”


  • Papo de Psicólogo
  • 16 de Junho de 2022 | 10h00
 Reprodução
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Na semana passada, em comemoração ao dia dos namorados instituído no dia 12 de junho, falamos um pouco sobre a importância de lidarmos com as nossas emoções na construção de um relacionamento saudável. Com objetivo de aprendermos a lidar com as emoções negativas e cultivar emoções positivas, podemos considerar essa atitude uma forma de amar. Do mesmo modo, recordamos o dia 12 de junho mencionando uma outra maneira de amar, o cuidado com as nossas crianças. Esta data, também foi constituída como o dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil.

Em 2002 a OIT (Organização Internacional do Trabalho), instituiu essa data com o objetivo de conscientizar a sociedade, os trabalhadores, os empregadores e os governantes do mundo todo contra o trabalho infantil.

De acordo com a OIT e o UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância), após duas décadas, pela primeira vez, o trabalho infantil aumentou e chegou no total de 160 milhões de crianças e adolescentes no mundo. O período pandêmico acelerou o aumento desses números, o lockdown, os fechamentos das escolas, as interrupções econômicas, trouxeram essa consequência negativa para nossa sociedade. O setor agrícola, é o responsável por 70% das crianças em situação de trabalho infantil (cerca de 112 milhões).

Encarando a necessidade de contribuir para o orçamento doméstico ou em algumas ocasiões de garantir a própria sobrevivência, meninos e meninas são obrigados a reprimir energias, sentimentos e comportamentos, que caracterizam a infância e a adolescência.

As atividades integrais da fase infantil, são específicas para cada idade e vão determinar as transformações psíquicas e a formação da consciência da criança, não como algo natural pelo qual todos passam, mas como um aspecto processual durante seu desenvolvimento.

Segundo Lev Semenovich Vigotski (1896-1934), psicólogo pioneiro nos estudos do desenvolvimento intelectual das crianças: “Nas crianças mais novas a brincadeira é imaginação em ação, de modo que, se lhes for retirada a brincadeira, elas não têm ação, e, sem ação, que é sua atividade, não ocorre a formação da consciência nem das estruturas psicológicas superiores. Nos escolares e adolescentes, por sua vez, a imaginação tem uma função mais avançada: é a brincadeira sem ação.” “As crianças são o futuro da nação”, um jargão clássico e muito conhecido por todos. Mas, além disso, um alerta para a sociedade em geral. Como estamos cuidando das nossas crianças e do futuro da nossa nação?

Faça sua parte, caso presencie uma criança em situação de trabalho infantil, denuncie através do disque 100 ou procure o Conselho Tutelar mais próximo.

Um grande abraço, até a próxima postagem.

Sérgio Alexandre Sá

Psicólogo

CRP 05/58383

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