Nota de repúdio: vereadores de oposição e o ataque à imprensa

Comecei minha carreira jornalística há 21 anos, passei por jornais, rádio e televisão, ou seja, com base nessa experiência, posso dizer sem medo de exagerar: nunca vi tantos ataques e tanta intimidação à imprensa atualmente.

Há uma diferença entre discordar de opiniões e reportagens — o que é legítimo — e tentar intimidar quem escreve, usando os mais variados recursos digitais e até mesmo uma tribuna de uma Casa de Leis é inadmissível.

Como representante legal deste veículo de comunicação de Imprensa Oficial, venho a público denunciar, lamentar e repudiar a conduta de alguns vereadores da oposição que, nesta terça-feira, 24, durante a sessão da Câmara Municipal de Campos, acusaram este JORNAL de propagar Fake News e com discursos inflamados a fim de desqualificar este JORNAL e o trabalho do time de jornalismo.

Durante o discurso desses parlamentares, ficou claro o intuito de intimidar o jornalista Lucas Arantes que acompanhava a sessão no plenário e o diretor deste jornal, com graves acusações.

Vale destacar que qualquer pessoa na condição de POLÍTICO, detentor de mandato temporário e com salário e verbas de gabinete pagos pelo contribuinte, tem a obrigação de aprender a conviver com as críticas – ainda aquelas que considere injustas – e jamais pode se reputar na autoridade de tentar pautar a imprensa. Nesse sentido, informo a estes vereadores que agressão contra um profissional de imprensa ou veículo de comunicação representa um ataque a todos os profissionais do segmento, que não tem receios nem se calará diante da agressividade de nenhuma figura política.

Em razão disto, a Constituição Federal Brasileira de 1988 resguardou em seu art. 5º, IV a liberdade de se manifestar e de pensamento, e no art. 220 a liberdade de imprensa, conquistas que efetivam o caráter democrático e cidadão da imprensa no país.

O político precisa entender que o papel da imprensa é informar a população de todos os acontecimentos que afligem a sociedade, sendo um valioso instrumento de utilidade pública, cumprindo de certa forma um relevante papel social, conscientizando a sociedade de seus direitos e deveres e resgatando assim a cidadania de cada pessoa através da informação.

Sabemos que muitas providências que deveriam ser tomadas, tão logo fossem requeridas, são levadas a efeitos pelas autoridades governamentais somente ao se sentirem cobradas e amedrontadas com o possível desgaste de acontecer em relação as suas imagens políticas, em razão de denúncias veiculadas pela imprensa.

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