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Como combatemos o bullying e a violência nas escolas?


  • Papo de Psicólogo
  • 14 de Abril de 2022 | 17h53
 Reprodução
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Sete de abril foi instituído como o Dia Nacional de Combate ao Bullying e a violência nas escolas, esta data foi marcada pelo massacre de Realengo no Rio de Janeiro, onde um rapaz de 23 anos de idade que, sofreu bullying na infância, entrou na escola e matou doze crianças, sendo dez meninas e dois meninos.

Na casa do autor deste massacre, foram encontrados vídeos com seu depoimento sobre as motivações desse crime, em um desses vídeos ele diz: “A nossa luta é contra pessoas cruéis, covardes, que se aproveitam da bondade, da inocência, da fraqueza de pessoas incapazes de se defenderem.”

O Bullying, é considerado uma forma de afirmação de poder entre indivíduos através da violência, que ocorre nas escolas, atitudes agressivas intencionais e repetitivas, praticada por um ou mais estudantes contra outros, atitudes essas como: agressões físicas, ameaças, roubos, ofensas verbais, expressões e gestos que geram mal estar, comportamento de indiferença, isolamento e difamação.

Os autores, os alvos e as testemunhas do Bullying sofrem consequências físicas e emocionais a curto ou a longo prazo. Todos que estão envolvidos nessas atitudes podem adquirir doenças físicas ou psíquicas, as quais podem causar dificuldades acadêmicas, sociais e emocionais no indivíduo.

Pessoas que sofrem situações de Bullying enquanto criança, são mais propícias quando adultos a sofrerem por: depressão, baixa autoestima e apresentarem alguns problemas sociais, como: instabilidade no trabalho e relacionamentos afetivos pouco duradouros.

Entre os autores, os comportamentos de risco à sua integridade física, ao consumo de álcool ou drogas em excesso, são observados com mais frequência. Já os indivíduos que testemunham atos de bullying podem possuir um descontentamento com a escola gerando um comprometimento no desenvolvimento acadêmico e social.

A interferência antecipada das práticas de Bullying, podem reduzir consideravelmente os riscos dos danos emocionais futuros. A atenção dos familiares, professores, responsáveis da escola e dos profissionais de saúde, a qualquer tipo de alteração de personalidade das crianças e dos adolescentes, como: intensa agressividade, distúrbios de conduta, isolamento social, é fundamental para identificar qualquer situação que esteja acontecendo naquele ambiente que possa está gerando danos à saúde da criança e do adolescente.

As ações de conscientização sobre essas situações nas escolas também são extremamente importantes para o combate ao Bullying. As ações devem envolver a todos, encorajando aos alunos a participarem ativamente da supervisão e intervenção dos atos, proporcionando o apoio às vítimas de forma que elas se sintam protegidas e o esclarecimento aos autores sobre a incorreção de seus atos, proporcionando um ambiente escolar sadio e seguro a todos.

Então, lembre-se: ao observar mudanças de comportamento na criança ou adolescente, busquem ajuda na escola com um gestor ou professor que compreenda melhor essa dificuldade; ou com um profissional de saúde para melhor auxiliá-lo.

Um grande abraço, até a próxima postagem.

Sérgio Alexandre Sá

Psicólogo

CRP 05/58383

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