Vinculado por características diferentes dos demais, como: padrões comportamentais repetitivos, maior dificuldade na interação social, potencialização cognitiva em áreas especificas, déficits no olhar referencial, atraso no desenvolvimento da fala, etc.
Essas são as crianças autistas que enfrentam principalmente nesse mês de abril um dos maiores desafios na sociedade, a conscientização de todos pelo respeito as suas características e a necessidade do diagnóstico precoce.
Um estudo desenvolvido em 2014 com crianças norte-americanas da California, pela revista de pesquisa psiquiátrica, observou que uma a cada 59 crianças possuem o Transtorno do Espectro Autista (TEA), um distúrbio no neurodesenvolvimento que se revela nos primeiros anos de vida, relacionado a fatores genéticos, ambientais, imunológicos e neurológicos.
De acordo com Aline Barcelos Pedagoga/Psicopedagoga e Pós-Graduanda em Autismo: “é muito comum encontrar mais meninos do que meninas com autismo, mas, isso não significa que o autismo não exista para as meninas, ambos os sexos podem apresentar o Transtorno do Espectro Autista, mesmo de forma distinta. O Diagnóstico do Autismo, é realizado por um Médico (Pediatra, Neuropediatra, Psiquiatra infantil) através das características diagnóstica do Transtorno do Espectro Autista, que são apresentadas pelo Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5-TR) e a Classificação Internacional de Doenças (CID-11). Os demais profissionais como: Psicopedagogo, Psicólogo, Fonoaudiólogo, Terapeuta Ocupacional, Psicomotricista, reúnem evidências, através de avaliações realizadas com o paciente por meio de testes, protocolos ou escalas, que irão ajudar no fechamento do Diagnóstico.”
É importante ressaltar que para iniciar as intervenções terapêuticas não é necessário o fechamento do diagnóstico. Podem ser iniciadas assim que percebermos que a criança apresenta atrasos ou perdas no seu desenvolvimento.
Conforme a especialista em Autismo, quanto mais cedo se iniciar as intervenções, maiores serão os ganhos no potencial de desenvolvimento de cada criança. Existem várias linhas de tratamentos: ABA, Denver, TEACCH, DIR/Floortime.
Entretanto, a Psicopedagoga Aline trabalha com as técnicas da Análise do Comportamento Aplicada (ABA) de forma naturalista, afirmando que: “A grande importância do ABA é colocar o foco no trabalho dos comportamentos da criança e isso faz com que a gente consiga olhar quais comportamentos estão inadequados, dispositivos, não condizentes com a idade da criança, com atrasos e quais comportamentos precisamos estimular, colocar na vida no repertório da criança. O ABA naturalista trabalha através da motivação, seguir liderança da criança, levar em consideração o que ela sente, o que gosta.
Então, não se esqueça! Respeitar as características das crianças autistas, é contribuir para o seu desenvolvimento e caso observe algum atraso ou perda no desenvolvimento de alguma criança, busque ajuda de uma profissional qualificado.
Um grande abraço, até a próxima postagem.
Sérgio Alexandre Sá
Psicólogo
CRP 05/58383
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