Após tantas ondas feministas, da ascensão das mulheres às várias esferas de poder na política e nos negócios, a proporção feminina na B3 – a bolsa de valores brasileira – ainda é pequena. Hoje, 25% dos CPFs que investem na B3 são mulheres, uma proporção que ficou praticamente estável nos últimos dez anos.
Mas por que as mulheres investem menos?
Uma possível explicação é a própria disparidade de renda. Se as mulheres ganham menos, elas não conseguem investir na mesma proporção. Plausível (e precisa mudar urgentemente).
Há também outro grupo de razões, de origem comportamental. Finanças comportamentais é o campo do conhecimento que estuda a relação entre razão, emoção e as escolhas relacionadas ao dinheiro. Alguns estudiosos por exemplo se debruçam sobre diferenças do comportamento entre os gêneros e descobriram que as mulheres, em situações de perigo iminente, tendem a reagir com medo, enquanto os homens reagem com raiva. Isso leva as mulheres a sentirem uma aversão ao risco mais intensa.
Eu poderia tratar aqui sobre os vários fatores sociais, geracionais e biológicos que levaram a isso, mas prefiro dedicar este espaço a dar motivos para que as mulheres passem a investir mais.
Este é um momento delicado para os investimentos, mas por outro lado, oferece oportunidades. A Rússia, dona de 10% dos estoques mundiais de petróleo, está vendo suas exportações ameaçadas pelo banimento de seus bancos do sistema internacional de pagamentos SWIFT, que viabiliza a liquidação de transações comerciais baseadas no dólar. Fora do sistema, os importadores têm dificuldade em pagar pelo óleo russo, o que gera desconforto nos compradores em receber as remessas russas. Para além da falta de praticidade de fazer negócio, empresas e países ao redor do mundo estão literalmente boicotando a Rússia, por vontade própria.
Nesta linha pense comigo: grosso modo, 10% da oferta mundial de petróleo se evaporou, do dia para a noite. Com uma oferta menor e uma demanda que segue seu curso normal, o que ocorre com o preço do petróleo? Como diz o Buzz Lightyear, um dos personagens favoritos do meu filho – “ao infinito e além”.
A dinâmica é similar para as demais commodities que a Rússia exporta de forma relevante: fertilizantes agrícolas, trigo, minério de ferro e aço. Se, por um lado, essa situação toda dá uma tremenda dor de cabeça para os países, que veem aumentos de preço causados por um fator totalmente externo às suas economias, também significa uma série de oportunidades para o investidor – ou, melhor, para a investidora.
Nessa hora, temos a sorte do Brasil ser um país exportador de materiais básicos (leia-se commodities). Nossas gigantes da bolsa são exportadoras de petróleo (Petrobras — lembre-se de que neste caso há sempre os riscos políticos), de minério de ferro (Vale) e de aço (Gerdau). Parecem boas oportunidades para você?
Se, ainda assim, preferir ficar de fora das movimentações mais arriscadas, como é o caso das ações, estamos em ótimo momento para buscar proteções também. Isso porque como em qualquer guerra, e nesta não seria diferente, os investidores buscam reservas de valor universais, como os metais preciosos. O ouro e a prata subiram desde o início do conflito. A boa notícia é que você consegue investir nesses metais por meio da bolsa brasileira, comprando fundos listados chamados ETFs que replicam seus preços.
Espero ter dado argumentos suficientes para que você, mulher, junte-se a mim como investidor. Com toda crise, vem uma oportunidade.
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