O Congresso Nacional volta com suas atividades - ainda que sem previsão de votação relevante - e os investidores aguardam a primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em 2022. Fevereiro chega com uma previsão de alta para a taxa Selic, levando-a para 10,75% ao ano. A decisão em si parece tomada, as sinalizações para o futuro, porém, incertas. Ocorre que o cenário econômico segue confuso, e não é possível entender com clareza o fim do ciclo de alta de juros no Brasil.
É bom lembrar: teremos uma Selic acima dos 10% ao ano pela primeira vez desde maio de 2017. Lembro, também, que a taxa básica de juros estava em 2% em janeiro de 2020 portanto, tivemos uma forte elevação em um curto período. A rapidez deste movimento se fez necessário por causa da explosão da inflação em 2021, o IPCA ficou acima dos 10%, muito além do teto da meta do Banco Central próximo aos 5%. A injeção de recursos na economia por causa da pandemia e a liquidez abundante no sistema financeiro foram úteis para impedir uma paralisia da atividade durante a crise da Covid, mas trouxe essa dinâmica no comportamento dos preços que não mostram sinais de arrefecimento.
Ocorre que, em paralelo, as projeções de crescimento de nosso PIB em 2022 continuam baixas neste momento, o mercado é quase unânime de que a economia do país avançará perto de 0,5% neste ano. Pondera-se também que o Copom deve optar pelo mesmo caminho do Fed (Banco Central dos EUA), combatendo a inflação com toda a força. Entretanto é sabido que os efeitos da política monetária sempre possuem uma defasagem, ou seja, a inflação deve ceder apenas a partir do segundo semestre, em resposta à escalada dos juros.
Sendo assim, continuar elevando a taxa pode causar um efeito colateral grave: uma paralisia futura. Temos então um dilema seguir com o pé no acelerador na alta dos juros e cortar a inflação pela raiz, ou aliviar a mão para evitar um impacto maior à economia no futuro? O governo atuará de forma estritamente técnica ou a política fará parte das decisões econômicas? Ora, estamos em ano eleitoral.
Diante das tensões com a Rússia no Conselho de Segurança da ONU, o mundo parece ter se lembrado que o Brasil apesar dos pesares, exporta commodities e tem histórico de evitar “tretas”. A boa notícia é que dinheiro novo entrou. Dólar caiu e bolsa subiu. Sem avanços sobre as reformas necessárias para que as contas públicas fechem no verde, melhor impossível.
27 | Aluguel sem fiador ou seguro-fiança? Conheça o TD Garantia |
13 | A ótica dos dividendos |
6 | Caminhos opostos |
25 | Corte de juros nos EUA é benéfico, mas não resolve tudo |
18 | O que esperar de mais uma Super Quarta? |
11 | Depois da farra sempre vem alguma ressaca |
4 | A ilusão da notícia |
28 | Perspectivas para as taxas de juros |
21 | Recorde no Ibovespa |
14 | Um novo paradigma a caminho? |
7 | Pânico nos mercados globais. Existe razão para tamanha histeria? |
31 | Agronegócio é alternativa para investidores |
24 | Economia brasileira com crescimento sustentável ou voo de galinha? |
10 | Compre ao som dos canhões e venda ao som dos violinos |
3 | Segunda metade do ano |
26 | Bolsa tem boas oportunidades para os pacientes |
19 | Conservadorismo necessário |
12 | Juros e inflação nos EUA definirão rumo dos mercados no curto prazo |
5 | Nosso dilema do prisioneiro |
29 | Como a desancoragem das expectativas atrapalha a queda dos juros no Brasil |
22 | Debêntures incentivadas em evidência |
15 | Bolsa barata basta? |
8 | Conservadorismo e cautela |
1 | O mal não falado |
27 | Não chegue no fim da festa |
20 | Super Quarta quente |
13 | Reserva de valor: até onde vão o ouro e o bitcoin? |
6 | Petrobras e seu recorde de valor de mercado |
28 | Petróleo: a principal commodity |
21 | Investimentos inteligentes: planeje sua viagem dos sonhos |
7 | Como vencer o medo de investir? |
31 | Aquela velha roupa vermelha |
24 | 2024 é ano de eleições. A mais importante não será no Brasil |
17 | Commodities em baixa |
10 | Ressaca pós-virada? |
20 | Dicas para controlar os gastos de fim de ano |
13 | Última Super Quarta do ano |
6 | Lições valiosas de Charlie Munger |
26 | Comprar imóvel ou investir em fundos imobiliários? |
19 | Em busca de um porto seguro |
12 | Mais pra cá do que pra lá |
5 | Como investir com foco no longo prazo no Brasil? |
15 | Como saber se uma ação está cara ou barata? |
8 | Investir é um teste de resiliência |
1 | Semana dos Bancos Centrais |
21 | Renda fixa segue como “queridinha” em 2023 |
14 | Menino ou adulto Haddad? |
7 | Fuja dos golpes: não se deixe levar por promessas de dinheiro fácil |
26 | Benefícios do planejamento sucessório: conheça mais! |
19 | Quais os riscos de investir em FIIs? |
13 | Viver de renda? Confira o passo-a-passo para chegar lá! |
31 | Contra o consenso |
24 | BTG lança plataforma cripto |
17 | Preparado para as propagandas eleitorais? |
10 | Um pouco de previsibilidade |
3 | Preparados para o mês de agosto? |
27 | A proteção ficou mais cara, mas continua essencial |
20 | Fundos imobiliários X Imóveis |
13 | Renda fixa continua atraente. Mas e a bolsa? |
6 | Cenário macro para 2º semestre |
25 | Uma boa notícia para os fundos imobiliários |
18 | O médico e o monstro |
11 | O fim da era do dinheiro de graça |
4 | A maré baixa mostrará quem está nadando pelado |
27 | Todos os caminhos levam à inflação |
20 | O alerta vem da China, "de novo" |
13 | Insurtechs? Esse seguro está diferente |
6 | Consórcio é mais vantajoso que outras aplicações financeiras? |
30 | Irmãos a obra: análise de balanços |
23 | Com qual frequência você muda de opinião? |
15 | A Super-Quarta |
9 | Mulheres: com toda crise, uma oportunidade |
2 | Investindo em tempos de guerra |
23 | A sorte está lançada |
16 | Value investing is back |
9 | Mudanças e algumas tensões no ar |
26 | NF Notícias estreia coluna de economia com Paulo Nascimento Filho |
Seja o Primeiro a Comentar
Comentar