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Judicialização das eleições ameaça desenvolvimento de Campos mais uma vez


  • Opinião NF
  • 05 de Agosto de 2021 | 14h46
 Foto: Montagem/NF Notícias
Foto: Montagem/NF Notícias

Os bilhões de reais que envolvem a administração da Prefeitura de Campos com o ciclo dos royalties do petróleo sempre fizeram crescer a cobiça política pelo comando do município. Não é incomum que as disputas eleitorais se arrastem por anos nos tribunais porque maus perdedores insistem em tentar entrar no Centro Administrativo José Alves de Azevedo pelas portas dos fundos.

Rafael Diniz (Cidadania) (2017/2020) foi o único prefeito a completar os quatro anos de mandato sem nenhuma interrupção judicial desde 2004, quando Arnaldo Vianna deixou o cargo pela última vez. Entre 2005 e 2010, o município chegou a ser administrado por Carlos Alberto Campista, Alexandre Mocaiber, Roberto Henriques, Nelson Nahim e Rosinha Garotinho, entre eleitos e interinos. Desde então, virou “moda” a guerra jurídica que tenta tirar das mãos da população a decisão sobre as eleições.

Isso não quer dizer que quem cometer algum crime não deva ser punido. Pelo contrário. A ocupação de equipes de investigações para casos relativamente simples tira o foco de situações mais graves e que precisam ser melhor apuradas. É preciso dar o peso proporcional. Um exemplo disso é a denúncia do Ministério Público Eleitoral que pede a cassação do mandato do prefeito Wladimir Garotinho (PSD) por suposta fake news contra o candidato derrotado Caio Vianna (PDT). A acusação relata que Wladimir teria dito nas redes sociais que o pedetista teria ligações com Rafael Diniz, o que ele nega. Se há alguma irregularidade, que haja punição, mas não parece proporcional interromper mais um governo por causa de disse me disse eleitoral.

 

Governador na região

O governador Cláudio Castro (PL) finalmente vem cumprir a promessa de implementar o seu gabinete itinerante no Norte Fluminense. A agenda inclui anúncio de obras, inaugurações e assinaturas de convênios em Macaé, Conceição de Macabu, Carapebus Quissamã, Italva, Cardoso Moreira, São Francisco de Itabapoana, São Fidélis, São João da Barra e Campos, onde ele passará a sexta-feira (6). No município, ele vai se reunir com empresários e abrir o posto do Detran em Guarus. No sábado (7), a passagem de Castro será encerrada com uma visita ao Porto do Açu.

 

União improvável

Aliás, Cláudio Castro conseguiu o que parecia impossível. O governador colocou lado a lado os rivais políticos Wladimir Garotinho e o deputado estadual licenciado e seu secretário estadual de Governo Rodrigo Bacellar (SD). Em vídeo divulgado nas redes sociais, Wladimir e Bacellar diminuíram o tom e fizeram discurso de união por Campos. Candidatíssimo à reeleição em 2022, Castro tem somado vários apoios em todo o estado, mesmo de rivais locais. Apesar disso, o prefeito trocou farpas nas redes sociais com o vereador Rogério Matoso (DEM), que é do grupo de Bacellar e crítico do prefeito.

 

Retorno da Câmara

Com o final do recesso legislativo, a Câmara retornou às sessões ordinárias e o principal assunto segue sendo a proposta do governo para reforma no Código Tributário. Durante esse período, Executivo e a base aliada no Legislativo intensificaram o diálogo e as negociações com setor produtivo e oposição, mas a expectativa é de que o projeto entre em pauta só na próxima semana.

 

Por: Cleyton Lacerda

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