A delegada titular da 134ª Delegacia de Polícia do Centro de Campos dos Goytacazes, Norte Fluminense, Carla Tavares, concedeu uma entrevista coletiva nesta quarta-feira (11), para falar sobre a Operação Veritas Custódia, realizada em vários pontos da cidade, com apoio do Ministério Público (MP). A Operação se deu após uma denúncia de uma testemunha da morte do empresário Renato Maciel, de 46 anos, dono de uma loja de carros, em 2023, no IPS. Vídeo aqui.
“Em 2023 nós tivemos um homicídio no qual o indiciado foi o Rogério Lopes, conhecido pelo vulgo de Xerife. No decorrer desse processo, uma testemunha procurou o MP, dizendo que estava sendo coagida a mudar a sua declaração inicial e essa coação se deu por meio de tortura psicológica. A testemunha contou ainda ter sido ameaçada com uma arma de fogo, além das ameaças feitas contra seus familiares. O crime teria sido cometido por advogados do Rogério Xerife”, disse a delegada.
Ela narrou ainda que as investigações resultaram na expedição dos mandados de prisão e de busca e apreensão para todos os envolvidos nessa, classificada pela delegada, como “empreitada criminosa”.
“Três advogados foram alvos desses mandados, três familiares do Rogério e um outro homem identificado como amigo da família. Hoje, foram cumpridos dois mandados, sendo dois advogados encontrados e presos, os familiares do Rogério que foram encontrados na residência foram presos. Um advogado ainda não foi localizado e é considerado foragido, além do amigo da família”, explicou.
O último alvo foi o próprio Rogério Xerife, que segundo a testemunha e vítima nesse processo, fez uma chamada de vídeo de dentro do presídio, a ameaçando.
“Todos os mandados de prisão são temporários, para que possamos apurar todas essas denúncias, tudo narrado pela vitima para concluir esse inquérito”, falou.
Todas as armas apreendidas, sendo ainda contabilizadas pela Polícia Civil, foram encontradas na casa de Rogério Xerife. Nenhuma possui documentação.
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