A Delegada Natália Patrão, titular da 134º Delegacia de Polícia de Campos, concedeu uma coletiva de imprensa na tarde desta sexta-feira (22), e deu detalhes sobre o assassinato do empresário Renato Maciel no bairro do IPS, em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. O autor do homicídio, identificado como Rogério Lopes, se apresentou na sede da DP na manhã de hoje e confessou o crime.
De acordo com a delegada, durante o depoimento, o autor do crime alegou a tese da legítima defesa, dizendo que a vítima estaria armada dentro do carro e que teria dado o tiro para se defender.
A filha da vítima, Maria Clara Maciel, alegou em depoimento que, após o fato, o autor teria apontado a arma para ela e a ameaçado, porém uma testemunha ouvida por Natália afirma que o mesmo não teria ameaçado ninguém e que teria fugido do local após ter ficado assustado com o que tinha acontecido.
Ainda durante o depoimento em sede policial, o autor do crime, acompanhado do advogado, disse que a motivação do crime se deu a partir de uma dívida de aproxidamente R$200 mil, relacionada a um veículo que ele vendeu para a vítima, e a mesma não teria quitado.
“Há um ano eles vêm cobrando e tentando negociar essa dívida, e nesse dia, nesse local, ele (o autor), estava caminhando com o cachorro e parou o carro da vítima. Testemunhas contaram que eles ficaram uns 20, 30 minutos conversando até que determinado momento, o autor teria falado ‘Você quer ver eu te dar um tiro na cara” e o Renato falou “ dá, dá, então dá”. Essa é a tese das testemunhas ouvidas até o momento” afirmou a delegada.
O laudo pericial concluiu que foi um único disparo de arma de fogo que atingiu o tórax da vítima, ficando alojada no corpo. O autor do crime apresentou a arma utilizada no crime, assim como o documento de porte de arma e se colocou à disposição da justiça. “Disse que sempre que for intimidado se apresentará”.
Questionada sobre ter alguma arma dentro do carro sendo da vítima, Natália afirma que a Polícia Militar, que foi até o local do crime, disse que não encontrou nenhuma arma. A família da vítima alega que não tinha nenhuma arma no carro e também não retirou, porém o autor alega que tinha uma arma no carro e que a família teria retirado.
As testemunhas ouvidas afirmam que não viram ninguém tirar a arma de dentro do carro, mas que várias pessoas entraram no veículo após o crime.
Natália afirma que a autoria do crime já foi provada, visto que o autor se apresentou na DP, confessou e entregou a arma do crime, e que agora serão trabalhadas as provas testemunhas. “Algumas testemunhas que vão falar alguma coisa, outras que falarão outras, e será feita a análise do conjunto do cenário que vai dar o resultado final do fato” concluiu.
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