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Presos na operação "Cardiopatas", médicos campistas são levados ao IML para exame de corpo de delito

Após o exame, investigados serão levados para unidades penitenciárias ainda não divulgadas


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  • 08 de Dezembro de 2017 | 18h11 | Por: Redação NF3
 Foto: NF Notícias
Foto: NF Notícias

A operação "cardiopatas", que terminou na prisão de médicos e peritos do INSS, em Campos, teve seus desdobramentos na tarde desta sexta-feira (08/12).

Por volta das 17h, os médicos presos pela Polícia Federal, na manhã de hoje (08), foram levados para o IML para serem submetidos ao exame de corpo de delito e, depois, transferidos para presídios. Todos são suspeitos, de acordo com a investigação do MPF e da PF, de participarem de uma organização criminosa, que fraudou pelo menos 34 benefícios da previdência social, causando um prejuízo de mais de 4 milhões de reais aos cofres públicos.

Entre os 15 mandados de prisão expedidos na operação cardiopatas, estão alguns médicos que trabalhavam em clínicas particulares bem conhecidas dos pacientes campistas. Dos 15 mandados, apenas 2 não foram cumpridos. Um dos alvos estaria fora do país, mas prometeu se apresentar à PF, assim que voltar de viagem. O outro investigado, também médico, ainda não foi localizado pelos agentes.

A operação Cardiopatas, deflagrada pela Força Tarefa Previdenciária, na manhã desta sexta-feira (8), teve como objetivo combater fraudes previdenciárias no estado do Rio de Janeiro. Ao todo, foram expedidos 12 mandados de prisão preventiva, três de prisão temporária, 15 de busca e apreensão e 20 de condução coercitiva, nos municípios de Campos dos Goytacazes, São João da Barra, Italva e Casimiro de Abreu.

No curso da investigação, foram comprovadas fraudes em 34 benefícios por incapacidade, entre auxílios-doença e aposentadoria por invalidez. Os criminosos utilizavam documentos médicos ideologicamente falsos para obter os benefícios com a ajuda de técnicos do seguro social, médicos peritos, médicos particulares e agenciadores de benefícios.

A ação contou com a participação de 120 policiais federais e dois servidores da Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária (COINP) da Secretaria de Previdência.

O nome da operação (Cardiopatas) se deve ao fato de a maioria dos beneficiários cooptados pela organização criminosa terem simulado miocardiopatia dilatada ao INSS, com base em documentos médicos falsos.

Força-Tarefa Previdenciária – A Força-Tarefa Previdenciária é uma parceria entre a Secretaria de Previdência, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, que visa a combater crimes contra o sistema previdenciário. A COINP é a área de inteligência responsável por identificar e analisar distorções que envolvem indícios de fraude estruturada contra a Previdência e encaminhá-las à Polícia Federal para investigação em regime de força-tarefa.

Fonte: NF Notícias/Ascom Previdência
 

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